01/10/2010

Lugar Para Amar - 5º Capítulo


Olá meus queridos!
Desculpem a demora, mas este mês vou estar muito ocupada, então paço a esplicar: fichas e testes de 12ºano (nada fácil), estou numa lista para a associação de estudantes da minha escola (Lista A - Escola Secundária Miguel Torga - Monte Abraão - VOTA A) e ainda estou a fazer 2 on-shorts (brevemente irei publicar aqui).
Espero que gostem do capítulo, que está fraquinho, mas foi feito com muito carinho:

5º Capítulo – Verdades e Mentiras

Acordei super bem disposta, ontem foi um dia maravilhoso, á muitos anos que não me sentia tão bem, ele consegue fazer com que os meus problemas desapareçam e que pense que sou uma adolescente com uma família normal, que a ama e que é feliz.
Estou ansiosa de chegar á escola e vê-lo mais uma vez, eu sei que ele nem deve olhar para mim e o dia de ontem deve ter sido mais um dia chato e entediante para ele, afinal que rapaz gosta de estudar? Pois, eu acho que nenhum, mas para mim, foi especial, não sei explicar, mas ele faz-me feliz só de olhar para ele.
Vesti-me rapidamente e sai de casa a correr para apanhar o autocarro, nem sequer tomei o pequeno-almoço, mas estava demasiado ansiosa para isso.
Ao chegar á escola, sentei-me num banco que dava para o parque de estacionamento e vi muitos alunos a chegar, mas nada de Jacob, estava cada vez mais ansiosa, mas entretanto toca para a entrada e vou em direcção á sala.
Entro na sala e sentou-me no mesmo lugar de sempre encostada á janela na última fila.
Hoje era mais um dia frio e cinzento, tal como todos os dias em Forks.
Estava tão distraída com os meus pensamentos que nem me deu conta que alguém estava a chamar-me.
- Nessie…Nessie… - chamou-me uma voz super sexy e viro-me para o lado.
- Sim? – e deparo-me com nada mais, nada menos que Jacob Black e fiquei logo super nervosa.
- Posso-me sentar aqui? – perguntou-me.
Ele queria sentar-se ao meu lado? Só poço estar a sonhar.
- Então Nessie poço? – perguntou-me novamente tirando-me do transe interior.
- Cla..claro… - boa Renesmee, boa hora para gaguejares.
- Obrigada, não estava nada a apetecer-me sentar-me ali sozinho. – disse-me a sentar-se na cadeira ao meu lado. – Sabes gostei muito de te fazer o trabalho contigo, foi a primeira vez que fiz um trabalho com gosto e até me diverti.
- Ainda bem, só espero é que tenhas percebido. – disse-lhe.
- Claro que sim, és uma óptima professora. – quando ele me elogiou corei instantaneamente e abaixei a cabeça.
- Obrigada. – foi a única coisa que consegui dizer.
Passei a aula toda a tentar ensinar-lhe a matéria, mas era quase impossível, ele não percebia nada daquilo, mas aos poucos eu tenho a certeza que ele consegue e durante aquele hora e meia o Jake estava muito empenhado a seguir a matéria e tentei ajudá-lo o máximo.
No intervalo ele passou comigo e ele quis saber mais sobre mim.
- Então porque vieste para esta pequena região chuvosa se vivias num lugar maravilhoso cheio de sol e calor? – perguntou-me.
- A empresa do meu pai foi á falência e a única loja que ele pode deixar aberta foi a de Port Angeles, então viemos para Forks que é a zona mais perto. – expliquei-lhe.
- Uau, e como estás a viver com as mudanças? A tua mãe também veio? – quando ele tocou na minha mãe, eu simplesmente abaixei a cabeça e as lágrimas vieram-me aos olhos.
- Ela saiu de casa á dois anos e nunca mais sobe nada dela. – tentei falar com a mais calma possível.
- Ohh Nessie, desculpa, eu… - ele tentou desculpasse mas eu interrompi-o.
- Deixa estar, eu já estou habituada. Mas olha eu estou farta de falar de mim, e tu? Sempre viveste aqui em Forks? – perguntei-lhe tentando mudar de assunto.
- Não. – fiquei realmente surpreendida. – Eu vivia em La Push, é uma reserva aqui perto, com uma bela praia, a First Beach, olha um dia eu levo-te lá, aquilo é realmente lindo e tenho muitas saudades de lá morar. – ele disse-me olhando para o horizonte, dando a impressão de estar a relembrar algo muito bom do passado.
- Então porque mudaste para aqui? – tentei saber mais mas nesse momento tocou para a próxima aula.
- Vamos, depois conto-te. – o Jake pegou-me na mão e levantámo-nos para irmos para a sala.
Durante todo o pequeno percurso até á sala, percebi vários olhares para cima de nós, e já me estava a passar com aquilo, olhavam para mim como se eu fosse uma aberração, ou sei lá o quê.
Quando chega-mos á sala a professora já lá estava e começou a dar matéria e mais uma vez o Jake sentou-se ao meu lado, mas não deu sequer para falar, a professora só dava matéria em cima de matéria e eu tentava ajudar o Jacob nos exercícios.
No intervalo fomos interrompidos pelos amigos do Jacob.
- Jacob, tivemos á tua espera no intervalo interior. Onde andaste? – perguntou um super musculado e enorme.
- Estive ocupado. – e todos olharam para mim.
- Com essa? – e apontaram para mim.
- Estive a falar sobre um trabalho para inglês. Há algum problema? – perguntou a eles.
- Claro que não. Mas agora vens connosco? Temos uns assuntos para tratar sobre aquilo… - disse o que andava na mesma turma que eu e o Jake.
- Ok, até logo Renesmee, depois acabamos de falar sobre o trabalho.
E vi ele a seguir para o pátio com os seus amigos.
A hora do almoço era a pior, ele sentava-se na mesa dos amigos e eu sentava-me na mesa de sempre, e os nossos olhares cruzavam-se sempre, mas o pior era ter que ver a tal de Hilary a atirar-se ao Jake…ai Renesmee para de pensar assim…o que te deu?
Eu tinha que parar de pensar nele, mas era impossível e ele fazia para ser impossível.
Todos os dias era o mesmo, no primeiro intervalo falávamos muito e descobri que, ao contrário de mim, o Jake mudou-se para Forks pois os negócios do pai começaram a desenvolver-se e quis o melhor para os filhos e assim mudou-se para Forks, o Jake falou-me também que as suas irmãs estavam a estudar na faculdade e raramente vinham a casa pois o pois o pai era muito reservado e não dava atenção a ninguém sem ser o trabalho.
Numa manhã em que lhe perguntei porque o pai estava de cadeiras de rodas, ele tentou desviar a conversa, mas lá disse-me que foi num acidente em que a sua mãe morreu, eu fiquei completamente em choque e pela primeira vez, eu vi-o a chorar e ele nem foi á aula seguinte, eu quis ficar com ele, mas ele obrigou-me a ir, disse-me que depois precisava da matéria, e eu fui, mas só porque foi me obrigou.
Isto foi assim durante duas semanas, e já tínhamos apresentado o trabalho sobre literatura inglesa e tivermos a melhor nota da turma, a professora até desconfiou que o Jake tivesse trabalho, mas ela fez-lhe perguntas e ele acertou em todas, eu fiquei super contente e ele também. Passámos a semana seguinte a falar da maravilhosa nota que tivemos.
Mas durante este tempo ouvi murmurinhos sobre ele, ouvi coisas do tipo: “ele já nem parece o mesmo”, “será que ele mudou mesmo”, “ele era tão estúpido e parvalhão” e eu farta daqueles comentários, tentei tratar o tema com ele.
- Jake poço te fazer uma pergunta? – perguntei-lhe uma tarde em que estávamos em casa dele a estudar para um teste.
- Claro que sim. – confirmou-me ele e sorriu-me.
- Olha, eu já ouvi falar muito mal sobre ti, desculpa, mas tu não pareces ser nada assim. Como eras? – tentei entrar no tema de forma mais rápida e simples.
- Nessie, Nessie, eu quero passar de ano e quero que alguém se orgulhe de mim, quero ser alguém na vida e não ser a pessoa que era. Eu estou mudado, e quero continuar assim. Não quero relembrar daquele tempo. – disse-me ele e voltando a atenção para um exercício.
- Jake, e porque mudaste assim de um dia para o outro? – perguntei-lhe.
- Renesmee, mudei porque assim o quis, quero ser melhor, pronto. – respondeu-me de forma fria.
- Ok, desculpa, só queria saber como eras, falam tão mal de ti, mas acho que não és nada como eles dizem e não pareces nada como os teus amigos. – falei-lhe.
- Renesmee, pára, eu era uma pessoa que não me orgulhe e os meus amigos foram bons num tempo em que eu precisava, então não lhes poço virar as costas agora.
- Pronto ok, já terminei. Vamos aos exercícios. – tentei mudar o rumo da conversa.
- Vamos.
E foi assim, ele não me contava nada do seu passado e eu não lhe contava nada sobre o meu.
Alguns dias eu chagava á escola mais cansada ou com algumas nódoas negras e ele queria saber o que me aconteceu, mas arranjada sempre desculpas para me escapar, ele é um bom amigo e não o ia meter nas minhas confusões.
Eu adorava falar com ele e de estar junto dele, mas via que ele só queria estar comigo quando estava sozinho, nenhum dia ele sentou-se comigo á mesa e sempre que os amigos apareciam ele arranjava sempre uma desculpa, mas não me importava, eu só queria estar com ele, apenas queria sentir-me viva e feliz nem que seja por apenas alguns minutos do dia.
Mas á um dia atrás aconteceu-me uma coisa muito estranha, dentro da minha mala, após educação física, estava uma carta com a seguinte indicação: “Ele é meu!”.
Não percebi nada do bilhete e até pensei que tivesse sigo engano mas, a partir desse dia, recebia bilhetes todos os dias, uns a dizer: “Estou-te a avisar, ele é meu!”, ou: “Vais-te arrepender!”, entre outras ameaças.
Já não me bastava os problemas em casa, ainda tinhas que levar com ameaças anónimas?
O Jake percebeu e eu dizia-lhe sempre o mesmo.
- Ai Jake, é os testes. Estou super nervosa. – mentia-lhe.
Ele parecia entender, porque nunca dava sinais percebia as minhas mentiras, mas também todas as perguntas que eu lhe fazia quando estava mais nervoso ou sem paciência também era a mesma que a minha, então estávamos quites, não era?
Não sabia até quando eu ia poder estar com ele, por isso não me importava do que ele me dizia ou não me dizia, apenas queria aproveitar todos os momentos que poderia ter com ele.
Mas será que a minha felicidade iria ser para sempre?
Uma adolescente como eu, nunca poderia ter um final feliz, ou podia?

1 comentário:

  1. Um bocado confuso mas ao mesmo intrigante! Continua assim. Mas uma coisa que tornava muito melhor esta fic era ter um horario, um dia especifico que podemos ter a certesa que a fic ja foi postado. Desculpa estar sempre a falar sobre o horario mas não posso estar sempre a ver se a fic ja foi postado.

    De uma leitora honesta
    xoxo

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