Autor: Christina Dalcher
ISBN: 9789898917584
Edição ou reimpressão: 02-2019
Editor: TopSeller
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 230 x 21 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 304
Sinopse: E se cada mulher só tivesse direito a 100 palavras por dia?
Estados Unidos da América. Um país orgulhoso de ser a pátria da liberdade e que faz disso bandeira. É por isso que tantas mulheres, como a Dra. Jean McClellan, nunca acreditaram que essas liberdades lhes pudessem ser retiradas. Nem as palavras dos políticos nem os avisos dos críticos as preparavam para isso. Pensavam: «Não. Isso aqui não pode acontecer.»
Mas aconteceu. Os americanos foram às urnas e escolheram um demagogo. Um homem que, à frente do governo, decretou que as mulheres não podem dizer mais do que 100 palavras por dia. Até as crianças. Até a filha de Jean, Sonia. Cada palavra a mais é recompensada com um choque elétrico, cortesia de uma pulseira obrigatória.
E isto é apenas o início.
OPINIÃO:
Quando este livro chegou fiquei bastante curiosa para saber que mundo era este que a autora criou onde as mulheres apenas podem falar 100 palavras por dia. Comecei este livro sem grandes expectativas, já tinha ouvido falar dele quando foi lançado lá fora mas não tinha pesquisado muito sobre ele. A verdade é que assim que o comecei percebi logo que seria uma leitura difícil devido ao tema que retrata e admito que tive que parar algumas vezes ao longo da leitura. Mas quando cheguei ao final fiquei super contente por o ter lido, tem uma mensagem tão poderosa e importante que acredito que tem que ser lido e discutido.
Vox conta a história, num futuro próximo nos EUA, onde foi eleito um governo completamente conservador onde todas as mulheres (e todas as pessoas que não são consideraras como "puros") perderam todos os seus direitos. Neste futuro próximo as mulheres só podem falar no máximo 100 palavras por dia, não podem trabalhar, todos os seus estudos são apenas sobre actividades domésticas e têm que obedecer ao homem (pai ou marido). Esta é a história de Jean, uma mulher que hoje vive para a sua família, mas ela era a melhor da sua área e quando é necessário a melhor o governo tem que abrir mãos do preconceito e aceitar que ela é a ideal para o cargo. É aqui que Jean vê-se na possibilidade de lutar pelos seus direitos e pelos daqueles que não eram "puros".
Ao longo da leitura deste livro tive uma mistura de sentimentos. No início eu senti-me bastante mal ao ler tudo o que os homens diziam sobre as mulheres, posso dizer que fiquei bastante revoltada com todas as descrições, mas pior ainda era o que estavam a ensinar às crianças nas escolas, isso para mim era o que mais me irritava. Não digo isto num modo negativo, pelo contrário, a autora ter conseguido estes sentimentos tão profundos e poderosos em mim ao ponto de ter que parar a leitura foi sensacional, só mostra o quanto a autora sabe exprimir na perfeição aquilo que pretende mostrar. O mais assustador de tudo é que a autora pegou em factos verídicos e ideais controversos que podemos ver pelo mundo e levou as consequências ao extremo, mostrando assim como seria se algumas dessas ideias sempre vingassem.
Infelizmente vivemos num mundo em que em alguns países a mulher ainda tem um papel inferior e perguntei-me muitas vezes como elas aguentavam e, outro aspeto que gostei imenso, foi que Christina Dalcher conseguiu mostrar exatamente isso. Quando habituamos-nos a alguma coisa, começa a ser "normal" e o que é diferente é que é o estranho. Em Vox temos o exemplo da filha da protagonista, ela é uma criança e devido ao último ano a ser ensinada de uma certa forma ela acredita e quando pode alterar isso ela própria fica reticente à mudança.
Vox conta a história, num futuro próximo nos EUA, onde foi eleito um governo completamente conservador onde todas as mulheres (e todas as pessoas que não são consideraras como "puros") perderam todos os seus direitos. Neste futuro próximo as mulheres só podem falar no máximo 100 palavras por dia, não podem trabalhar, todos os seus estudos são apenas sobre actividades domésticas e têm que obedecer ao homem (pai ou marido). Esta é a história de Jean, uma mulher que hoje vive para a sua família, mas ela era a melhor da sua área e quando é necessário a melhor o governo tem que abrir mãos do preconceito e aceitar que ela é a ideal para o cargo. É aqui que Jean vê-se na possibilidade de lutar pelos seus direitos e pelos daqueles que não eram "puros".
Ao longo da leitura deste livro tive uma mistura de sentimentos. No início eu senti-me bastante mal ao ler tudo o que os homens diziam sobre as mulheres, posso dizer que fiquei bastante revoltada com todas as descrições, mas pior ainda era o que estavam a ensinar às crianças nas escolas, isso para mim era o que mais me irritava. Não digo isto num modo negativo, pelo contrário, a autora ter conseguido estes sentimentos tão profundos e poderosos em mim ao ponto de ter que parar a leitura foi sensacional, só mostra o quanto a autora sabe exprimir na perfeição aquilo que pretende mostrar. O mais assustador de tudo é que a autora pegou em factos verídicos e ideais controversos que podemos ver pelo mundo e levou as consequências ao extremo, mostrando assim como seria se algumas dessas ideias sempre vingassem.
Infelizmente vivemos num mundo em que em alguns países a mulher ainda tem um papel inferior e perguntei-me muitas vezes como elas aguentavam e, outro aspeto que gostei imenso, foi que Christina Dalcher conseguiu mostrar exatamente isso. Quando habituamos-nos a alguma coisa, começa a ser "normal" e o que é diferente é que é o estranho. Em Vox temos o exemplo da filha da protagonista, ela é uma criança e devido ao último ano a ser ensinada de uma certa forma ela acredita e quando pode alterar isso ela própria fica reticente à mudança.
Fora todas as temáticas positivas apresentadas antes, o livro ainda é escrito na primeira pessoa, o que o torna ainda mais assustador, pois compreendemos todos os conflitos da personagem como mulher e como mãe, tornando assim a leitura ainda mais cativante. Os capítulos rápidos e curtos também ajudam a que a leitura seja mais dinâmica e que seja terminado rapidamente, mas o que ajuda ainda mais a ler este livro é querer saber como tudo vai terminar. Este futuro que a autora criou é tão assustador que queremos perceber qual a solução para ele, queremos saber como todas as pessoas que não são consideradas "puras" vão conseguir combater este governo.
Vox é um livro que retrata temas bastante pesados mas atuais, chega a um ponto a que senti-me "presa", é claustrofóbico, o país está fechado aos restantes e as mulheres não têm para onde fugir. Esta história marcou-me como à muito uma outra não fazia, a história é forte, a escrita é perfeita e envolvente, mas principalmente é algo que tem que ser discutido para que nada idêntico, e quando digo isso é qualquer tipo de pressão conservadora, nunca seja implementado. É uma distopia bastante diferente mas que choca e toca na ferida "sem dó nem piedade" do leitor e faz refletir e questionar vários pensamentos e ideias que ouvimos diariamente.
Vox é um livro que retrata temas bastante pesados mas atuais, chega a um ponto a que senti-me "presa", é claustrofóbico, o país está fechado aos restantes e as mulheres não têm para onde fugir. Esta história marcou-me como à muito uma outra não fazia, a história é forte, a escrita é perfeita e envolvente, mas principalmente é algo que tem que ser discutido para que nada idêntico, e quando digo isso é qualquer tipo de pressão conservadora, nunca seja implementado. É uma distopia bastante diferente mas que choca e toca na ferida "sem dó nem piedade" do leitor e faz refletir e questionar vários pensamentos e ideias que ouvimos diariamente.
Leitura com o apoio:
Oi Daniela, tudo bem?
ResponderEliminarEu tenho vontade de ler esse livro, mas sinto que é um daqueles que vou precisar me preparar psicologicamente antes. Com tanto machismo que a gente precisa enfrentar no dia a dia (e ainda tem lugares onde as mulheres são tratadas ainda pior, você lembrou bem) estou preferindo esquecer que isso existe quando abro um livro.
Beijinhos;
Mente Hipercriativa
FanPage Mente Hipercriativa
Noutro dia li a sinopse e também fiquei curiosa. Vou apostar nessa leitura em breve :)
ResponderEliminarQuero muito ler este livro! Desde que foi lançado
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