Opinião | "A Rapariga no Comboio" de Paula Hawkins

Título: A Rapariga no Comboio

Autor: Paula Hawkins

Edição/reimpressão: 2015

Páginas: 320

Editor: TopSeller

ISBN: 9789898800541

Dimensões: 150 x 232 x 19 mm

Encadernação: Capa mole

Sinopse: O êxito de vendas mais rápido de sempre. O livro que vai mudar para sempre o modo como vemos a vida dos outros. Todos os dias, Rachel apanha o comboio... No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente. Até que um dia... Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos.

Opinião:

Quando este livro foi lançado em Portugal eu não liguei muito, nunca tinha lido um thriller psicológico e não estava com muita vontade para o ler, mas quando as primeiras opiniões começaram a sair eu fiquei bastante curiosa, afinal todas as opiniões que eu lia falavam super bem do livro e claro tive que o comprar, mas após a leitura desiludiu-me, estava à espera de muito mais.

O livro conta-nos a história da Rachel que está a viver na casa de uma amiga após divorciar-se, mas não consegue aceitar o fim do seu casamento e refugia-se no álcool e por causa disso perde o emprego, mas não diz para a amiga e para a amiga não desconfie, Rachel continua a ir de comboio para o local de trabalho e nesta viagem diária ela vê uma das casas à beira da linha do comboio e ao ver o casal que lá vive ela imagina que eles têm uma relação perfeita, que são duas pessoas felizes e que são completamente apaixonados e até dá nomes fictícios para eles, mas numa dessas viagem vê algo que faz com que o que ela pensava mude completamente e após mais uma noite de bebedeira descobre que a mulher da casa que ela acompanhava desapareceu.

Antes de mais tenho que dizer que o início foi muito chatinho, a forma que a autora achou para descrever a acção em "Manhã, Tarde, Noite" não me cativou. Achei um pouco monótono e até a meio do livro e estava a pensar "onde está a parte do thriller?", sim tínhamos algumas cenas estranhas e que dava para pensar, mas nada de especial, mas mais ou menos nas últimas 100 páginas é quando tudo acontece e fiquei completamente presa ao livro e só queria saber o fim.

Adorei as personagens femininas, foram bastante bem escritas, porque depois de sabermos quem é o "culpado" percebemos que a autora soube criar personagens com problemas que foram consequência do passado (ou da convivência), não posso dizer muito mais, porque se não, quem não leu vai perceber quem é o "culpado". Mas sobre o "culpado" achei que foi bastante óbvio, havia muitas falhas nos relatos das três personagens femininas e eu cheguei ao fim a pensar "a sério?", fiquei desiludida, mas no fim eu compreendi e gostei, ou seja, no geral eu gostei, mas depois de tudo o que tinha lido eu estava à espera de muito mais e de chegar ao fim e ficar completamente chocada e "OMG", mas não foi isso.

Mas, tal como já disse, no geral eu gostei, porque temos a história de três mulheres completamente diferentes e mostra um pouco a realidade, foi a única parte do livro que mais me chocou foi chegar ao fim e pensar que pode acontecer a qualquer pessoa, foi muito real pois as personagens são bastante normais e simples.

Já a escrita da Paula Hawkins é bastante rápida de se ler e mostra bastante detalhes do ambiente, mas é bastante fluída e interessante e a partir do momento em que a acção é bastante rápida, a escrita da autora prende bastante e vi que a autora é capaz de ser ainda melhor na parte de acção do que na acção dia-a-dia e por isso eu dei as 4 estrelas, a autora é excelente neste género e por isso recomendo vivamente!

Classificação: 4/5 Estrelas no Goodreads