10/03/2011

Destino - 6º Capítulo

Olá meus queridos!
Aqui estou eu finalmenete com o capitulo de «Destino».
Queria pedir mil e uma desculpas pelo meu mega atraso, mas é que eu estou no 12º ano e não é nada fácil, desde á disciplina de Área de Projecto que todas as pessoas dizem que é fácil, mas a verdade é que não é quando queremos ter uma boa nota, pois é preciso emprenho e dedicação no trabalho que estamos a desenvolver, e depois ainda temos a matemática (dores de cabeça para todas as pessoas =(.....e para mim não é exepção....infelizmente) e ainda as outras disciplinas que tenho que estudar. Concluindo estou super aterefada.
Este fim de semana foi o Carnaval e eu fui para Torres Vedras e diverti-me imenso, quero agradecer a todo o pessoal de Santa e de Torres por umas mini-férias fantásticas...Obrigada Pessoal!
Bem agora que já expliquei tudo vamos ao capítulo, espero que gostem xD


6º Capítulo – Sentimentos

Acordei com o sol a bater-me na cara e enrolei-me no cobertor, eu não queria levantar-me, queria que tudo não passe de mais um desagradável pesadelo e quando acordasse voltasse tudo ao normal, como á três anos atrás.
Mas sabia que esse meu desejo era impossível e tive a certeza disso quando ouvi os gritos da minha tia Alice dentro do meu quarto.
- ACORDA DORMINHOCA, vais chegar atrasada ás aulas. – ela disse-me e destapou-me toda.
A primeira reacção foi mandá-la embora e voltar a dormir, mas eu tinha umas contas a ajustar com ela, por isso levantei-me sem querer e fui em direcção ao casa-de-banho e tomei um banho.
Quando voltei ao quarto, a minha tia estava a escolher a minha roupa para ir para a escola, o que me fez recordar do dia anterior.
- Tia, as minhas roupas? – perguntei-lhe docemente.
- O que? Aqueles trapos? Deitei-os fora. – respondeu-me com a maior cara de pau e a minha calma foi para o espaço.
- O QUE? ERA A MINHA ROUPA TIA. NÃO TINHAS O DIREITO DE FAZER ISSO. – gritei-lhe e ela assustou-se. – Quero-as de volta já! – disse-lhe e ela ia argumentar, mas rapidamente a calei.
- Nem tentes, eu quero a minha roupa e mais nada. – disse-lhe e ela saiu com a cara baixa.
Eu não queria gritar com a minha tia, mas já tinha problemas suficientes para ainda me ter que preocupar que tipo de roupa iria vestir, eu sou simples e não vai ser a minha tia que me vai mudar.
Fui ao roupeiro e tirei umas calças minhas que ainda lá estavam e numa gaveta encontrei uma camisola cinzenta até gira, eu fiz isto para a minha tia saber que não era preciso ter-me tirado toda a roupa para eu vestir a que ela queria.
Quando a minha tia entrou no quarto atirou-me com dois sacos de roupa e um com sapatos.
- Está ai, Renesmee desculpa o que fiz, eu só queria o melhor para ti querida. Desculpa. – ela disse-me com aquela carinha que ninguém resiste.
- Tia não era preciso tirares-me toda a minha roupa para eu vestir a que tu escolhes, olha por exemplo, eu tenho as minhas calças, mas gosto bastante desta camisola e deste blusão. – expliquei-lhe.
- Essa blusa não era para vestires com calças de ganga. – ela disse-me e eu revirei os olhos.
- Tia, tu não mudas? – perguntei-lhe e sorrimos uma para a outra.
Quando acabei-me de arranjar, após quase meia hora, pois a minha tia insistiu que alisasse o cabelo, eu desci para tomar o pequeno-almoço, o que fiz rapidamente pois já estava atrasada para a escola.
- Renesmee, logo temos que falar. – disse a minha avó antes de eu sair.
- Está tudo bem avó? – perguntei-lhe.
- Eu espero que sim querida, mas isso só vou saber logo. – ela respondeu-me e não percebi nada do que ela queria dizer com aquilo, então simplesmente despedi-me dela e fui para a escola a correr no meu carro.
Quando cheguei a escola o parque de estacionamento estava completamente vazio, ou assim pensava.
Quando ia a subir as escadas em direcção ao pavilhão sinto alguém a puxar-me pelo braço.
- Renesmee estás bem? – o Jacob perguntou-me, olhando-me com aqueles olhos escuros e por momentos perdi-me neles, mas rapidamente voltei á realidade.
- Porque não deveria estar? – respondi-lhe com uma pergunta.
- Devido á forma como saíste ontem do balneário depois de falarmos, eu tinha que ter a certeza que estavas bem. – ele disse-me.
- Eu não estou bem á muito tempo. – disse-lhe e tentei voltar a subir as escadas.
- Desculpa Renesmee, eu não fiz de propósito. – ele disse-me e abraçou-me.
Por momentos perdi-me naqueles braços fortes, não sabia o que tinha, mas o seu aroma, o seu calor, era tão apetitoso, deixava-me sem forças, mas quando ele falou voltei á realidade.
- Nunca quis fazer aquilo. – explicou-me e eu rapidamente me sai de baixo do abraço dele e senti as lágrimas a caírem-me quando gritei-lhe.
- Nunca mais fales comigo, eu só quero esquecer tudo o que se passou, não percebes isso? – gritei-lhe e sai de lá a correr, deixando-o parado no meio do estacionamento, mas alguém voltou-me a agarrar. – Larga… - mas quando me virei vi a cara de espanto da Claire.
- Renesmee, o que foi aquilo com o Jacob? – perguntou-me e quando eu ia falar ela interrompeu-me. – E nem penses em dizer que não foi nada. Eu vim á tua procura pois não atendias o telemóvel e encontro-te aos gritos com o Jacob. – ela disse-me e eu simplesmente abracei-a e comecei a chorar cada vez mais. – O que é que se passa Renesmee? – voltou-me a perguntar.
- É uma longa história. – respondi-lhe.
- Temos tempo. – ela disse-me e puxou-me em direcção á estrada.
- Mas temos que ir para a aula. – disse-lhe.
- Esquece as aulas, vamos, eu conheço um local que podemos falar á vontade. – ela disse e abraçou-me e andámos pela estreita estrada.
Por um lado eu queria contar a ela tudo, queria sentir-me livre deste peso enorme que tenho nos ombros, queria poder ter alguém que soubesse o que sinto e que me ajudasse a ultrapassar isto, mas por outro, tenho medo da reacção, tenho medo do que ela possa pensar, eu não sei, mas eu só queria que alguém me compreendesse e percebesse o porque de eu estar assim.
Quando parámos percebi que estávamos no meio da floresta, eu nem percebi quando entramos nela, e lá encontrava-se uma mesinha de madeira com um banco de cada lado, ela reservado e bonito.
- Chegámos. – a Claire anunciou. – Este era um lugar de piqueniques á muitos anos, mas houve um incêndio e todas as mesinhas foram destruídas, excepto esta. Eu e a minha mãe vínhamos ás vezes para aqui fazer piqueniques. – ela explicou-me.
- É muito bonito. – disse-lhe sentando-me num banco e apoiando as mãos na mesa e coloquei a cabeça apoiada entre elas.
- Renesmee, eu sei que não estás bem. – ela disse-me e sentou-me ao meu lado, mexendo no meu cabelo. – O porque de estares assim triste não é só pela morte dos teus pais pois não? – ela perguntou-me e as lágrimas voltaram em força.
- Não. – respondi-lhe, sem saber de onde veio a força que tive para falar.
- Se quiseres podes falar, eu sou tua amiga… - olha olhou para mim e esperou alguma reacção da minha parte, mas eu apenas fiquei calada, eu não conseguia. – Mas olha, também podes apenas chorar, gritar e tirar tudo o que tens ai dentro, se é raiva que tens tira-a. – e riu-se, fazendo com que desse uma pequena risada.
Continuamos ali a olhar uma para a outra durante um tempo, até que ela abraçou-me e eu apoiei a minha cabeça no ombro dela.
- Claire, é horrível, nem imaginas, ninguém imagina, eu nunca contei a ninguém, mas isto está a sufocar-me, principalmente quando cheguei aqui, eu não aguento Claire, eu não aguento, primeiro isto, depois os meus pais morrem e no fim venho para onde tudo começou, é demais para uma só pessoa Claire. – disse-lhe, mas sabia que ela não estava a perceber nada do que lhe estava a dizer.
- Mas o que aconteceu amiga? Tu estás horrível, mas tens que superar, eu ajudo-te. – ela disse-me fez com que eu olha-se para ela. – Eu ajudo-te Renesmee. – ela voltou a repetir.
- Eu sei Claire, eu sei. Mas… - e levantei-me do lugar que estava. – É muito complicado, não sei por onde começar… - disse-lhe e sentei-me no meio da relva molhava, sem me importar como ficaria depois.
- Amiga… - ela também levantou-se do pequeno banco de madeira e ajoelhou-se á minha frente. – Tu disseste-me que voltaste para onde tudo começou, então conta-me antes de isso ter começado. – ela disse-me.
Eu olhei para ela e acenei afirmativamente, não sei onde arranjei coragem, mas finalmente as palavras saíram-me rapidamente.
- Eu era feliz, vivia com os meus pais em Nova Iorque, vivia em boas condições e estudava no melhor colégio interno da cidade, os meus fins-de-semana em casa eram maravilhosos, estávamos sempre a viajar e éramos uma verdadeira família feliz, mesmo estando a semana toda fora no colégio interno, os fins-de-semana compensavam. Nas férias vínhamos para Forks com a família inteira, as reuniões em família eram fantásticas e eu e a minha prima divertíamo-nos sempre. Eu adorava Forks, eu era feliz aqui. Mas tudo mudou á três anos. – parei a meio e escondi a cabeça no meio das pernas. – A minha prima Emma, convenceu-me a ir a uma festa em La Push, estávamos as duas sozinhas em casa, e como não tinha nada para fazer aceitei. Em Nova Iorque eu não era muito de sair, ás sextas combinava para ir a um bar com umas amigas, mas nada de especial, nem sequer bebia, apenas gostava de dançar. A noite estava fantástica, um calor nada normal para Forks, e quando chegámos a uma casa em La Push, esta estava cheia, mas a música era boa. A minha prima rapidamente deixou-me, acho que tinha chegado o rapaz com quem ela namorava na altura, durante bastante tempo dancei no terraço juntamente com o resto do pessoal, mas a certa altura vejo um rapaz alto e moreno a olhar para mim, realmente era o rapaz mais giro e perfeito que tinha visto na minha vida, fiquei completamente atónica e quando ele veio falar comigo e pediu-me para dançar eu não resisti e depois ofereceu-me uma bebida. Eu nunca tinha bebido, mas aquela era doce e tinha um aroma a frutas, rapidamente comecei a sentir-me solta, mas ao mesmo tempo com o corpo pesado, era esquisito, eu não tinha controlo do meu corpo e quando ele me beijou não consegui resistir. – parei, não conseguia contar mais, as lembranças daquela noite vinham-me com mais força que nunca, as lágrimas escorriam-me pela face e a Claire apenas ouvia-me atentamente e tentava limpar as minhas lágrimas. – Eu não sei bem como, mas quando me dei conta estava num beco escuro, cheirava super mal e eu não conseguia parar o que o rapaz estava a fazer-me, só sei que num momento estava a dançar, noutro momento estava nua num beco escuro, eu senti as piores coisas da minha vida, ele penetrou-me e eu não conseguia gritar, eu queria, mas algo na minha garganta me impedia, não tinha forças no meu corpo, tudo me doía, no fim ele deixou-me naquele beco, eu estava deitada, suja, horrível e sozinha. – neste momento a Claire já chorava horrores juntamente comigo, ela abraçou-me. – Quando recuperei os sentidos, peguei o primeiro táxi que encontrei e vi para casa, a partir daquele dia nunca mais fui a mesma. – quando acabei de lhe contar, a Claire ainda estava a chorar e abraçada a mim.
- Renesmee, ai meu deus, nem sei o que te dizer, nunca imaginei. – ela disse-me e voltou a abraçar-me. – Mas sabes quem foi? Nunca fizeste queixa? – perguntou-me.
- Nunca disse nada a ninguém, eu só queria esquecer. E quem me fez isto só descobri agora que cheguei a Forks de novo, foi…foi.. – e olhei para ela e nesse momento ela arregalou os olhos e levou a mão á boca, parecia que juntou todas as peças do puzzle.
- OMG…foi…foi o Jacob? – perguntou-me.
Eu não consegui responder, apenas acenei e abaixei a cabeça.
- Renesmee, o que vais fazer? Já falaste com ele? – perguntou-me.
- Infelizmente sim, o teu querido namorado fechou-nos ontem no balneário e ele contou-me que as nossas bebidas tinham alguma coisa e por isso ele também não estava em si. – disse-lhe.
- O que? O Quil fez isso? E o Jake estava drogado, isso não é desculpa. – ela disse indignada.
- Primeiro o Quil não sabe de nada, tenho a certeza, depois eu sei o efeito que a bebida teve em mim, acredito que ele devia estar no mesmo estado, era horrível. – disse-lhe.
- Ok, mas não á desculpas. Meu deus, já não vou conseguir olhar para ele da mesma forma, ai só me apetece espancá-lo. – ela levantou-se e gritou.
- Claire, por favor não contes a ninguém. Nem ao Quil. Prometes-me? – perguntei-lhe.
- Claro que sim, tu é que tens que resolver isso, mas como te prometi, eu vou ajudar no que for preciso. – ela respondeu-me.
- Obrigada amiga. – disse-lhe e abraçámo-nos.
Voltámos para a escola e fomos em direcção ao banheiro nos arranjar, pois o nosso estado não era dos melhores.
Quando tocou para a saída vimos o Seth e o Quil super preocupados.
- O que se passou? – perguntou o Quil.
- Estão bem? O que aconteceu? – perguntou o Seth preocupado.
- Nada de mais, apenas a Renesmee que precisava de conversar um pouco. – a Claire respondeu.
- Mas estás bem Renesmee? – perguntou-me o Seth.
- Agora sim. – e sorri para a Claire em forma de agradecimento.
Realmente eu estava muito melhor, após ter falado com a Claire saiu-me um peso dos ombros, estou mais leve, pois agora sei que posso falar com alguém sobre o que me aconteceu, sei que posso desabafar e não ter medo do que pode vir a seguir.
Quando fomos para a aula que teríamos a seguir fui puxada por um braço forte que logo reconheci sendo o Jacob.
- O que queres? – perguntou-lhe.
- Fiquei preocupado, quando saíste a correr do parque de estacionamento e depois não vieste á aula fiquei preocupado. – ele respondeu-me.
- Eu estou bem não vês. – respondi-lhe e no momento a seguir a Claire vaio salvar-me.
- Deixa-a. Não a faças sofrer mais. – disse-lhe de forma a apenas ele ouvir e ficou pasmado, com certeza que não pensava que contaria á Claire.
Entrámos na aula e sentei-me no lugar de sempre e para variar tinha que vir sempre algo novo para estragar tudo.
- Hoje vamos fazer um trabalho de pares, é com o vosso colega de mesa e não á discussões. Este trabalho resume-se a pesquisa, têm esta ficha para fazerem, mas é a base do que encontrarem. Este trabalho vale trinta por cento da nota final, por isso façam um bom trabalho. Podem começar já a começar a preparar o que vão fazer.
Eu suspirei, como é possível que sempre que pensamos que algo não pode piorar, sempre piora?
Eu tenho que fazer um trabalho com Jacob Black e ainda por cima vale para a nota final, só podem estar a gozar comigo.
Quando o professor entregou a ficha vi que a matéria era fácil e para não ter muita conversa peguei logo nela e comecei a dividir trabalho.
Quando acabei entreguei-lhe a folha com o que ele tinha que tratar e pesquisar.
- É assim Renesmee? Não falamos? – perguntou-me com aquela voz sedutora.
- O que queres que diga? – respondi-lhe com outra pergunta, sem ligar muito para o que ele estava a dizer, mas era completamente impossível já que ele falava junto ao meu ouvido e a sua respiração dava-me arrepios, mas controlei-me.
- Que pelo menos olhos para mim e vamos fazer o trabalho normalmente, sem ser assim, tipo eu pesquiso, tu pesquisas e juntamos? Isto não vai sair bem. – ele respondeu-me.
Eu olhei para ele, mas rapidamente amaldiçoei-me por ter feito, perdi-me completamente naquelas pérolas negras simplesmente fabulosas, nunca nenhuns olhos conseguiram de prender assim, ficamos assim a olhar um para o outro sei lá quanto tempo, ele também não tirava o olhar de mim simplesmente estava parado como eu, mas o som o professor assustou-nos fazendo-me voltar á realidade.
- Vejo que já dividiram matéria, mas não acho que apenas esta pesquisa chegue, tentem abranger outras áreas. – disse-nos o professor e eu apenas consegui abaixar a cabeça.
- Claro que sim professor. – respondeu o Jacob pelos dois. – Renesmee, temos mesmo que fazer este trabalho. – disse-me.
- Sim claro. – eu respondi-lhe como uma autêntica totó.
“Ai Renesmee, porque estás assim? Devias estar enervada, stressada e aborrecida, e não estar envergonhada e muito menos reagir naquela forma, ele não é nada, nada.” - Dizia eu para mim mesma, tentando-me convencer.
O Jacob começou a escrever qualquer coisa na ficha que recebemos do professor e reparei na forma como ele estava quando ficava concentrado, ele estava a morder a ponta do lápis quando pensava em qualquer coisa que nem em dei ao trabalho de ler, as pernas mexiam de um lado para o outro e não paravam e as mãos estavam fechadas a “martelar” a mesa.
Quando finalmente encontrou a solução, ele deu o seu riso de perder a respiração, aqueles dentes brancos e perfeitos e a forma dos seus lábios era uma perdição para qualquer pessoa.
Mas quando dei-me conta do que estava a fazer mexi a cabeça e parei de olhar para ele.
“Renesmee, pára, pára…ele não é assim, ele é o responsável da tua infelicidade.” – disse para mim mesma, não conseguindo acreditar nas minhas próprias palavras.
O que está a acontecer comigo? Isto é horrível, eu não posso pensar nele desta maneira.
Quando a aula acabou corri para a casa-de-banho e molhei a cara, eu não podia ter mais aqueles pensamentos sobre aquela pessoa.
Mas infelizmente isso não aconteceu, já passou dois meses desde aquela aula do trabalho de pares e cada vez está pior, o trabalho fizemos na biblioteca da escola e não sei explicar, mas ele concentrado fica diferente e quando ria parecia que tinha um sol particular, não sei explicar, isto parece impossível até para mim, mas é verdade, o que está a fazer com que me irrite cada vez mais, eu não posso pensar assim nele, não posso.
O problema é que quando ele me vê dá aquele sorrisinho maravilhoso, fazendo-me esquecer tudo e todos á minha volta, as aulas ele tenta ser simpático, fazendo com que todas as minhas forças de me afastar dele se evaporem e derreta como um gelado.
“Ai Renesmee acorda, ele não presta!” – disse para mim mesma a frase que tenho repetido umas mil vezes por dia.
Neste momento estou no balneário da escola a dar socos na parede, após uma aula de educação física, em que sem querer o Jacob ficou todo molhado e passei o resto da aula distraída com aqueles abdominais perfeitinhos.
- Não Renesmee, pára, pára. – disse para mim mesma. – Isto tem que acabar, tens que o odiar, tens que sentir repulsa dele. – voltei a dizer para mim mesma e as lágrimas já escorriam-me pela face.
Nesse momento a Claire entre no balneário.
- Aqui estás tu, pensei que já tivesses saído. – ela disse-me e quando repara como estou dá um pequeno grito. – Ai está horrível, o que se passou Renesmee? – ela perguntou-me.
- O de sempre. – respondi-lhe escondendo a cara dela.
- Jacob… - ela sussurrou para sim mesma.
- Eu não consigo, ele umas vezes irrita-me outras é demasiado maravilhoso….ai Claire estou a entrar em parafuso, eu pensava que o odiava, que o queria ver morto, mas não sei, sempre que ele sorri fica diferente, sempre que ele olha-me com aqueles olhos escuros dele eu fico perdida na sua escuridão, eu estou-me a passar Claire. – disse-lhe e deslizei até ao chão.
- Amiga, eu notei que nestes últimos dois meses o Jacob está diferente, o próprio Quil diz-me que ele está diferente, só não me diz o motivo, apenas de explica que são coisas do Jacob e que ele tem motivos para estar assim, eu sei o que estás a sentir, mas não te esqueças quem ele é e o que te fez. – ela respondeu-me e olhou para mim e eu apenas levantei a cabeça e olhei para ela sem entender.
- Claire, claro que não esqueço quem ele é e principalmente o que ele me fez, mas o que queres dizer com sei o que estás a sentir? – disse esta última parte com uma imitação rasca da sua voz.
- Amiga, pensa bem, a forma como olhas para ele, a forma como ficas ao pé dele. Tu… - eu sei o que ela iria dizer, eu própria sabia, mas não poderia acreditar, isso era impossível, eu quero-o morto, mas será mesmo que quero? Por isso interrompi-a.
- NÃO, não digas isso, eu não estou … ai que nervos. – gritei.
- Ok tu é que sabes. Vou andando, se precisares de alguma coisa é só ligares. Até amanhã. – ela despediu-se de mim e saiu do balneário.
Acabei de arranjar-me e sai do balneário e fui em direcção ao meu carro, mas antes de conseguir chegar a ele, tenho uma visão que podia ser considerada proibida, fazendo-me suspirar.
“Ai Renesmee controla-te! Tu queres vê-lo morto.” – disse para mim mesma.
O Jacob estava encostado á sua mota, com uma camisola preta super justa ao tronco e com os óculos de sol postos, dando-lhe um ar totalmente sexy.
Eu suspiro e vou em direcção ao meu carro e no meio deparo que somos as únicas duas pessoas no estacionamento e rapidamente vejo-o a vir na minha direcção tirando os óculos pelo caminho.
- Renesmee, posso falar contigo? – pergunta-me.
- O que foi Jacob? O que ainda temos para falar? – respondi-lhe com perguntas.
- Eu queria fazer com que mudasses a opinião que tens sobre mim. – ele disse e eu ergui a sobrancelha de forma duvidosa, onde ele queria chegar? – Queria que percebesses quem sou eu, é um bocado estúpido, mas quando estamos a estudar não conseguimos falar nada de jeito e gostava de conhecesses o verdadeiro Jake. – ele disse, falando a sua alcunha que, por sinal adorei.
Mas mesmo assim não estava a ver onde ele queria chegar.
- O que queres Jacob? – perguntei-lhe e ele respirou fundo e olhou nos meus olhos, fazendo com que eu me perdesse novamente naquelas pérolas perfeitas.
- Queres vir comigo ao baile da escola? – ele perguntou-me fazendo com que eu ficasse estática, ainda estava presa no seu olhar e não conseguiria falar nenhuma palavra, eu não sabia o que poderia responder, aceito ou não?
Eu não poderia responder a uma pergunta dessas agora, eu ainda não estava preparada para enfrentar o meu passado desta maneira, eu não conseguiria.
Mas e se assim eu conseguiria perceber o que realmente se passa comigo?
Não consegui responder-lhe nada, continuei presa no seu olhar que estava preso ao meu, pois isto é uma pergunta muito complicada, ao qual ainda não tenho resposta.


Anexos:

Roupa da Nessie no início deste capítulo:
Renesmee - 6º Capítulo (Destino)

Mereço comentários???????
Mais uma vez: desculpem pelo mega atraso.
bjs

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