01/02/2011

Who Owns My Heart - 1º Capítulo

Olá meus amores!
Eu sei que demorei, mas aconteceram alguns emprevistos na minha vida e este capitulo foi escrito entre ontem á noite e hoje durante vinte minutos.
Espero que não esteja com muitos erros autográficos, mas eu depois reviso.

Bem sem mais demoras, vamos ao capítulo:


1º Capítulo – Solução Para Os Problemas

A música tocava alto, a casa estava completamente ao rubro, todos dançavam, bebiam ou apenas agarravam-se pelos cantos.
Eu dançava no meio da pista, já tinha bebido alguns copos de Vodka e não estava no meu estado normal, mas era sábado, a vida é curta demais para desperdiçarmos todos os pequenos prazeres da vida e por isso não via nada de mal em encher algumas vezes, eu só queria era esquecer os problemas diários, como escola, pais, trabalhos de casa, entre outros.
Eu dançava ao som de Who Owns My Heart, de Miley Cyrus, quando sinto umas mãos a tocarem a minha cintura.
Olho para cima e deparo-me com um moreno, alto e super musculoso que sorria para mim.
- Como é que uma gata está a dançar sozinha? – perguntou-me o moreno e eu suspirei.
Era sempre a mesma conversa, quando eles nos viam com um vestido super curto (diz-se mesmo super curto), colado ao corpo e de cabedal, todos caiam aos meus pés, eu já estava habituada e eu não me importava, para me divertir bastava qualquer um que estivesse dentro dos meus parâmetros.
- Há espera de uma boa companhia. – respondi-lhe com um sorriso sedutor e coloquei os meus braços no seu pescoço.
- E essa companhia chegou? – perguntou-me no meu ouvido.
- Quem sabe… - respondi-lhe com um sorriso torto e ele sorriu e não perdeu tempo, beijou-me com desespero e desejo e eu retribui.
Continuamos o resto da noite ali os dois a dançar e a curtir mas claro com muita Vodka á mistura, não sabia nem o nome dele, mas nem isso queria saber e quando estava completamente bêbada sinto-o a puxar-me.
- E que tal irmos para um lugar mais sossegado? – perguntou-me quando eu já não tinha mais forças para nem sequer falar e só via tudo á roda e ria por tudo e por nada e agarrei-me a ele e comecei a rir á toa.
Senti que estava a ser levada escadas a cima mas no momento seguinte sinto a ser puxada.
- Renesmee, Renesmee, eu não acredito. – a Priscila gritava e eu perdi os sentidos.
Só me recordo de acordar num carro e a Pris a bater-me na cara.
- Pára, pára. – gritava.
- Renesmee..pára? Tu imaginas a situação em que te apanhei? Quer dizer, não devia ser novidade para mim, mas é sempre a mesma coisa, amanhã acordas e ligas-me a agradecer. Renesmee eu estou farta de ter que te salvar daqueles rapazes, já não é a primeira vez e se não fosse o Mark não sei o que te tinha acontecido. – gritava ela no meio do táxi.
Sempre que eu bebia demais acontecia sempre o mesmo, o rapaz com quem eu dançava sempre queria mais, mas ali estava a Pris, ou melhor o Mark (o namorado dela) e salvavam-me, no dia seguinte ligava-lhes a agradecer.
A Pris é a minha melhor amiga desde a escola primária e andamos sempre juntas, a única diferença é que ela é muita mais atinadinha que eu e não se mete em confusões, ela é linda, alta e loira, com uns olhos de fazer inveja a qualquer rapariga, e uma verdadeira amiga que está lá sempre que precisamos.
Eu sei que posso contar sempre com ela, mas as minhas últimas atitudes têm prejudicado não só a mim, como também a ela.
- Desculpa Pris, eu prometo que não volta a acontecer. – disse-lhe e no momento que me vou a levantar para a abraçar sinto uma tontura enorme e volto a encostar-me no acento no táxi.
- Estamos quase a chegar, espero bem que os teus pais estejam a dormir, sabes bem o que eles te disseram da última vez. – ela disse-me e eu lembrei-me do ultimato do sábado anterior que também tinha chegado a casa bêbada, mas naquele dia num estado muito pior: “Renesmee se voltas a chegar assim a casa será recambiada para Forks”, disse-me o meu pai.
- Sim Pris, eu sei e não quero sair daqui, a minha vida é aqui em Nova Iorque, eu não me imagino a viver em mais lado nenhum. – disse-lhe e as tonturas eram cada vez maiores.
O resto da viagem fomos em silencio total, notava-se que ela estava zangada comigo e eu não estava em condições de falar com ela, então decidi deixar para o dia seguinte.
Quando chegámos ao meu prédio eu despedi-me dela, mas ela como uma boa amiga, estava sempre preocupada.
- Consegues subir? Ou queres ajuda? – perguntou-me quando eu saia do táxi com alguma dificuldade.
- Deixa estar, eu consigo. Boa noite. – despedi-me dela e ela não respondeu seguindo com o táxi.
Eu ainda demorei a subir, fiquei encostada á parede do prédio durante um tempo, a rua era umas das mais movimentadas da cidade, e nem ás cinco da manhã a rua parava, sorte a minha que morava no vigésimo quinto andar numa fantástica penhouse.
Quando finalmente entrei, quase caia no meio do hall, mas o simpático porteiro, que eu nem sabia o nome, ajudou-me a chegar até ao elevador.
Durante a subida, eu só pensava em chegar o mais rápido possível ao meu quarto e deitar-me na minha caminha quentinha.
Mas infelizmente não foi isso que aconteceu.
Quando eu entrei na sala, a luz principal foi acendida e assustei-me.
- Renesmee, são horas de chegar? – perguntou-me o meu pai sentado na poltrona.
- Ah? Quero dormir. – respondi segurando-me na parede e tropeçando no tapete.
- Estás bêbada Renesmee? – gritou-me o meu pai. – OUTRA VEZ? – voltou a gritar levantando-se da poltrona e chegando ao pé de mim.
- Paiii… - reclamei quando ele pegou-me pelo braço e senti uma enorme tontura.
- Vai para a cama, amanhã falamos. – gritou-me e deixou-me subir em direcção ao meu quarto.
Quando finalmente cheguei á minha cama, deitei-me nela de roupa e tudo e rapidamente adormeci.
Quando acordei com o sol a bater-me na cara, senti uma enorme dor de cabeça e lembrei-me de alguns pormenores da noite passada, levantei-me em direcção á casa-de-banho para tomar um bom banho, para aliviar a dor de cabeça, um bom banho resulta sempre.
Quando sai da casa-de-banho fui em direcção ao closeth e peguei uns calções vermelhos de desporto, um top preto e calcei os ténis e desci, mas rapidamente arrependi-me, pois os meus pais estavam aos gritos e eu já imaginava o tema.
- Ela passou as marcas Bella, só há uma solução. – gritava o meu pai.
- Edward, pensa um pouco, eu sei que já não é a primeira vez, mas vamos dar-lhe mais uma hipótese. – dizia a minha mãe.
- Mais Bella? Desculpa, mas está decidido. – disse o meu pai e calaram-se os dois, eu não sabia o que ele tinha decidido, mas sabia que o “ela” referia-se a mim e, pela primeira vez na vida, estava com medo do meu pai.
Sim, primeira vez, pois eu sempre lhe fiz frente, ele nunca mandou em mim, mas eu nunca o vi daquele estado, não sei o que ele pode fazer assim.
Quando entrei na sala eles estavam os dois a tomar o pequeno-almoço e a emprega servia-lhes o comer.
- Bom dia. – disse-lhes, mas nenhum respondeu.
Peguei um copo de leite com umas torradas simples, eu estava a sentir-me enjoada, nem sabia se aquilo iria cair-me bem.
Quando a emprega saiu o meu pai acabou com o silêncio que permanecia na sala desde que eu cheguei.
- Renesmee temos uma coisa a anunciar-te. – disse-me o meu pai e vi que a minha mãe abaixou a cabeça, aquilo não podia ser bom, mas nada me dizia o que vinha ali.
- O que foi pai. – perguntei-lhe.
- Vais para Forks. – ele disse-me sem demoras e frio.
Eu fiquei completamente atónica, sem palavras, parei de comer e olhava incrédula para os dois.
- O QUE??? – gritei levantando-me da mesa. – NÃO ME PODEM FAZER ISTO. – disse-lhes.
- Filha é para o teu bem e no fim do ano voltas. – disse-me a minha mãe.
- Vai-te fazer bem, pode ser que te tornes responsável. – o meu pai disse-me sem olhar para mim. – E está decidido, vais hoje á noite. – ele mandou-me a bomba.
- HOJE? Já? – perguntei-lhe.
- Sim, já cancelei a tua matricula aqui e o teu avô já te matriculou em Forks, o teu avião é as 21 horas, é melhor ires fazer as malas se queres levar alguma coisa, se não vais assim mesmo. – disse-me super frio e saiu da sala sem se despedir.
Eu não conseguia reagir, estava completamente atónica e só senti as lágrimas a escorrerem-me pela face e cai na mesa com a cabeça em cima dos braços.
- NÃO, NÃO, ISTO NÃO ME PODE ESTAR A ACONTECER. – gritava.
- Filha, é só durante um tempo, o teu pai acha que te vai fazer bem. – ela dizia-a e acariciava os meus cabelos.
- MÃE PORQUE NÃO FIZESTE NADA? QUERES QUE EU SAIA DAQUI? – gritei-lhe olhando para ela.
- Claro que não filha, mas tens que admitir que o teu comportamento nos últimos dois anos não foi o melhor e o teu pai está farto, ele acredita que Forks vai-te fazer bem querida, eu tentei falar com ele, mas ele não me ouve, acordou cedíssimo e acertou tudo com o teu avô, não há volta a dar filha, desculpa. – ela disse e também começou a chorar. – Eu amo-te muito filha, só quero o melhor para ti.
- Eu sei mãe, mas eu não quero deixar Nova Iorque, não te quero deixar. – disse-lhe abraçando-a.
- Vai ficar tudo bem filha. – ela disse-me.
O resto da manhã foi super melancólica e não consegui arrumar nada, apenas fiquei deitada na cama a ouvir música e só para quando o meu telemóvel toca, era a Pris.
- Bom dia querida, estas melhor? – perguntou-me.
- Não Pris, não estou bem. – respondi-lhe já a sentir as lágrimas a escorrerem-me pela face.
- Então? O que se passa? – perguntou-me preocupada.
- Podes vir a minha casa? Preciso de ti. – disse-lhe.
- Claro que sim amiga, estou aí em dez minutos. – e desligou.
A Pris é super pontual e pouco mais de dez minutos ela estava a tocar á campainha.
Quando entrou no meu quarto veio abraçar-me.
- O que se passa amiga? – perguntou-me vendo o meu estado.
- O meu pai mandou-me para Forks e vou hoje á noite. – respondi-lhe rapidamente.
- O QUE? – gritou ela.
- Isso mesmo, ele cumpriu com a promessa, Pris e agora amiga? – perguntei-lhe abraçando-a.
- Não sei amiga, ai vou ter tantas saudades tuas. – ela disse e começámos as duas a chorar.
Passámos o resto do dia a relembrar velhas maluquices, tudo o que aprontámos juntas, mesmo ela sendo mais certinha, ela ajudava-me sempre nos meus planos malucos.
Após almoçarmos juntas no meu quarto, lá consegui ter forças para arrumar as minhas coisas e a Pris ajudou-me.
Meti a roupa que mais usava em duas malas (as que iriam comigo) e o resto, juntamente com as minhas coisas, meti numas caixas que o meu pai tinha-me deixado á porta do quarto antes de sair e seriam enviadas directamente para a casa do meu avô, só que apenas chegavam lá três dias depois.
Após arrumámos tudo, descemos e encontrei o meu pai e a minha mãe abraçados.
- É o melhor para ela Bella. – ele disse-lhe antes de nos verem. – Oi filha, oi Priscila.
- Boa tarde senhor e senhora Cullen. – cumprimentou-lhes a minha amiga. – Bem eu vou indo amiga. – ela virou-se para mim e abraçou-me e começámos a chorar.
- Vou ter tantas saudades Pris. – disse-lhe e ela encarou-me.
- Amiga, temos telemóvel, internet, nós não vivemos na idade da pedra Renesmee. – ela disse entre o choro, numa tentativa de fazer piada.
- Pois é, prometes que falamos todos os dias? – perguntei-lhe.
- Claro, eu quero saber TUDO. – ela disse limpando as lágrimas e enfatizando a palavra “tudo”.
- Claro que sim. – respondi-lhe e após mais uns abraços e choros ela lá conseguiu ir-se embora.
- Vou ter saudades. – ela disse-me.
- Eu também. – respondi-lhe antes de ela sair da minha casa e fiquei a olhar para a porta.
- Pronto filha, vais falar com ela todos os dias. – disse a minha mãe abraçando-me. – E comigo também não é? Também quero saber tudo. – ela disse-me e eu abracei-a e comecei a rir.
- Claro mãe. – respondi-lhe.
Após as várias lágrimas derramadas consegui ir vestir umas calças de ganga claras simples, com um top preto, uns botins pretos de salto alto e o meu casaco de cabedal vermelho.
No aeroporto a minha mãe fartou-se de chorar e o meu pai apenas se despediu rapidamente de mim, super frio, não disse nenhuma palavra, desculpa ele disse sim:
- Boa viagem filha. – ele disse e virou-me costas.
Quando entrei no avião sentei-me na cadeira e logo coloquei os meus phones e meti-me a ouvir música.
Forks era uma lugar super cinzento, escuro e só chovia o ano inteiro.
Eu só costumava vir aqui no natal e nos aniversários dos meus avôs, mas desde que a minha prima Erin foi para lá viver com os pais, numa situação parecida com a minha, conhecia muito mais de Forks, a minha prima Aline também vive aqui em Forks, quer dizer ela sempre viveu aqui em Forks, ela diz que ama Forks e nunca vai sair dali, ela é muito triste.
Erin tem exactamente a minha idade, temos apenas diferença de três meses, sendo ela mais velha, é filha da minha tia Rose e do meu tio Emmett (irmão do meu pai) e é tão louca como eu (ou pior), ela vivia em Miami, mas após ser apanhada pela polícia a conduzir bêbada, os meus tios mudaram-se para Forks.
Já a minha prima Aline é um ano mais nova que nós, é filha da minha super tia Alice (irmã do meu pai e uma tia perfeita) e do meu tio Jasper, e é a menina da família, ela tem notas super altas, nunca fez nenhuma asneira e é super atinadinha, até mete nojo e por isso nunca fui muito chegada a ela, a minha tia Alice é que se passa com ela, pois ela não gosta muito de se arranjar e detesta festas, e a minha tia sendo a única que me apoia a mim e á Erin nas nossas maluquices, ela diz que a filha não tem vida, já os meus pais e os da Erin estão sempre a dizer-lhe que tem sorte pela filha que tem.
Passado as seis horas no avião em direcção a Seattle, ainda tive que apanhar um pequeno avião que durou uma hora em direcção a Port Angeles e só quando ai cheguei é que vi a minha família.
Eles estavam todos juntos um pouco mais á frente da porta de saída e a minha prima Aline estava a ler um livro (para variar) e a Erin estava ao telemóvel, já a família falava toda entre si.
Fui em direcção a eles, eu sabia que a minha vida mudaria a partir daqui, só nunca imaginaria é que mudasse tanto.


Notas:
Roupa da Nessie na festa do início do capítulo:
Renesmee - 1º Capítulo (Who Owns My Heart)
Bem, espero que tenham gostado e comentem =D
bjs

4 comentários:

Aqui podem deixar todos os comentários e prometo que responderei o mais rápido possível.

Comentários que não são construtivos não serão aceites.