23/09/2010

Lugar Para Amar - 4º Capítulo


Olá meus queridos!
Desculpem a demora, mas eu publico sempre primeiro no Nyah e ele na quinta feira passada não dava e no fim de semana estive sem computador e apenas agora é que pude vir publicar.
Espero que gostem do capítulo:

4º Capítulo - Trabalho a Pares

Já passou duas semanas desde que eu e o meu pai nos mudámos para Forks, este tempo não mudou nada o modo que o meu pai me trata, até pode dizer que está bastante pior, é cada vez mais agressivo e mais violento.
Cada noite é pior que a outra, e eu já não aguento mais.
Já pensei em fugir, mas vou para onde?
Eu não tenho dinheiro e muito menos um sítio para ficar.
Mas uma coisa faz-me sorrir pela primeira vez em anos, todos os dias levanto-me para ir para a escola feliz e ansiosa, isto tudo porque vou vê-lo mais uma vez.
Jacob Black, o rapaz que me faz levantar da cama feliz por mais um dia.
Eu sei que ele não é flor que se cheire, mas há qualquer coisa nele que me faz bem, quando olho para ele não penso em mais nada. Não penso nos meus problemas que tenho em casa, não me lembro dos horrores que sou obrigada a fazer.
E hoje é mais um dia desses, estou mais ansiosa que nunca pois é segunda-feira e passei o fim de semana todo sem o ver, mesmo ele sendo meu vizinho, nunca o vejo aos fins de semanas.
Apanhei o autocarro como de costume e quando cheguei á escola fui para a aula de cálculo.
Quando entrei na sala fui directamente para a minha mesa e fiquei a admirá-lo.
Durante estas duas semanas ouvi muitas coisas sobre ele, ouvi que ele era mal educado, faltava ás aulas, cada dia tinha uma nova rapariga, entre outras coisas, mas a verdade é que eu não o vejo a fazer nada de mal, nunca chegou atrasado a uma aula, tenta ouvir os professores e é calmo.
- Bom dia turma. – a professora disse tirando-me dos meus pensamentos. – Hoje vou entregar os testes que fizeram na sexta passada e quero dizer que tive uma surpresa, para falar a verdade, tive uma Grande surpresa e vou já começar por essa. Jacob Black… - quando a professora disse o nome dele eu endireitei-me logo para ouvir melhor. – Estou muito surpreendida. Parabéns tiveste 15 valores, não é uma nota muito alta, mas para si é surpreendente. – ela sorriu para ele.
- Obrigada professora. – ele agradeceu.
- Continua assim. – ela disse virando a atenção para a turma. – Outro teste que me surpreendeu foi o da Renesmee. – eu olhei para a professora e toda a turma olhou para mim, ai que vergonha, será que tive nega? Não, não pode ser, o teste correu-me super bem. – Renesmee tiveste a nota mais alta da turma, 19 valores, fiquei surpreendida pois não tinha visto as tuas notas na escola anterior. Muitos parabéns.
- Obrigada. – eu agradeci envergonhada.
Após entregar todos os testes, corrigimo-lo e assim foi a aula.
As outras da manhã passaram-se rápido e logo já estava no refeitório.
Sentei-me na mesa do habitual e lá comi sozinha. De vez em quando olhava para a mesa do Jacob, e reparava que ele estava triste e cabisbaixo.
De repente começa uma discussão na mesa dele.
- Estás um chato, já não queres fazer nada e hoje até tiveste 15 no teste de cálculo. O que se passa contigo? – perguntou um tal de Embry.
- Não se passa nada, só quero terminar a escola, não quero chumbar de novo e tu devias fazer o mesmo. – disse o Jacob levantando-se e depois saiu do refeitório.
Fiquei a olhar para ele a sair da sala e reparei que a mesa dele ficaram todos admirados pela resposta dele.
Ao sair do refeitório ouvi, sem querer, uma conversa de umas raparigas.
- O Jacob está super esquisito, até já tem boas notas…ele não está bem… - disse uma loira para uma mais ruiva.
- Hil, pára de te preocupares com ele, o Jacob já acabou contigo, ele não quer mais nada, é sempre assim…
- Cala-te estúpida, ele não acabou comigo, se alguém tem que terminar alguma coisa sou eu, e neste caso como eu não acabei, logo ele ainda é meu. – disse a loira e a amiga bufou e saiu á sua frente.
Fiquei a pensar naquela conversa, então ela era mais uma que tinha estado com o Jacob e ele não quis mais nada, mas esta era teimosa, e o que eu pude perceber é que ele é uma canalha da pior espécie, mas até ao momento não vi nada que dissesse isso.
Não sei se todas as coisas que dizem dele é verdade, mas ele não parece nada ser como todos dizem que ele é.
Cheguei á aula de inglês e sentei-me no lugar habitual e o professor logo começou a aula.
- Hoje vou marcar um trabalho a pares que é para ser entregue para a semana, e não recebo trabalhos depois do dia. Vamos organizarmo-nos em pares mistos. – quando disse isto, todos bufaram. – Não precisam de estar assim, existem pessoas suficientes, logo assim é o melhor e sou eu que vou fazer os pares. – e agora estavam todos a resmungar.
Para mim, tanto fazia, já sabia que tinha que fazer as coisas sozinha, era sempre assim na outra escola e tenho a certeza que não vai mudar agora.
- O tema é sobre literatura inglesa do século XX, e o que têm que fazer é escolher um texto de um escritor dessa altura, analisar esse mesmo texto e no fim fazerem uma pequena bibliografia do escritor, e claro enquadrar o tema do texto na situação da altura em que foi escrito. Os pares são … - ela começou a apontar para um rapaz e depois para uma rapariga, deste modo fazendo pares. – e Jacob com Renesmee. – até dei um pulo da cadeira quando ouvi o meu nome e do Jacob.
O QUÊ?? Eu vou fazer um trabalho a pares com o Jacob???
Olhei para ele e ele estava a vir em minha direcção com um pequeno sorriso, mas ele está a sorrir??
- Oi, poço me sentar? – eu acenei e antes que dissesse alguma coisa o professor começou a explicar o que tínhamos que fazer naquela aula.
- Neste tempo que temos de aula, vão começar a escolher qual o escritor que querem retratar e escolher o texto, quero que nesta aula já tenham lido e começado a identificar as diferentes partes lógicas que o texto tem. Vá comecem a trabalhar. – e após de o professor se sentar fiquei em silêncio e foi ele que deu o primeiro passo.
- Então, que escritor queres fazer o trabalho? Eu sinceramente não percebo nada disto, por isso tens que me ajudar. – ele olhou para mim com ar suplicante.
- Claro. – lá eu consegui falar, aleluia. – Podemos falar deste. – e apontei para o escritor de um texto que falámos na semana passada. – Conheço outros trabalhos deste escritor e são muito fáceis de interpretar, pois quase todos têm o mesmo tema e a mesma organização, deste modo conseguiremos fazer um trabalho bom e bem organizado. – expliquei-lhe e ele ficou a olhar para mim com um ar….um ar…um ar admirado? Não percebi a sua reacção.
- Claro, parece-me óptimo. – ele disse-me.
Após termos escolhido o escritor, explicámos ao professor que queríamos pesquisar outros poemas daquele escritor e fomos ao velho computador ao fundo da sala, após escolhermos o certo, começámos a analisar o texto.
No fim da aula combinámos encontrarmo-nos na sua casa, pois ele ainda tinha que ir a um sítio qualquer e não podia já.
Assim fui para casa, tomei um duche, vesti uma roupa lavada e ás 17 horas fui para casa do meu vizinho.
Ao primeiro toque da campainha ele atendeu e reparei que a sala estava toda pronta para estudarmos, tinha um portátil em cima da mesa da sala e alguns livros.
- Bem, agora temos o computador podemos começar a fazer o trabalho.
- Claro, assim acabamos mais rápido. – e então começámos a faze-lo.
No início o Jacob não percebia nada, não compreendia o porque de os escritores terem um tipo de escrita tão própria daquela época, não conseguia entender o significado de algumas expressões, mas no final divertimo-nos muito, poço dizer que foi o dia mais engraçado que tive na minha vida.
Fartei-me de rir com as suas dúvidas, mas nunca desistia, e cada vez menos percebia como é que as pessoas na escola falavam tão mal dele.
Quando menos esperava, a porta de entrada abre-se e entra em casa um homem numa cadeira de rodas a ser empurrado por um senhor com um bigode.
- Boa noite pai. Boa noite senhor Henry. – disse ao Jacob.
- Jacob, o que estás a fazer? – perguntou-lhe de forma forte no mesmo momento que o outro senhor, suponho que se chamava Henry, despedia-se e saia.
- A estudar, o que devia ser? Temos que entregar este trabalho para a semana. E já agora: pai é a Renesmee, Renesmee é o meu pai.
- Boa tarde.
- Boa noite, então o meu filho está a estudar? – perguntou-me com uma certa desconfiança.
- Sim, temos que entregar um trabalho sobre literatura inglesa do século XX, mas já estamos a acabar, já estava de saída.
- Renesmee, não precisas de ir embora já. – disse-me o Jacob.
- Claro que não, queres jantar connosco? – perguntou-me o pai do Jacob.
- Jantar? Mas que horas são? – quando olhei para o relógio do meu pulso, assustei-me e dei um pulo, eram oito horas da noite. – OMG tenho que ir, o meu pai vai chegar e tenho que estar em casa. – disse enquanto arrumava as minhas coisas.
- Renesmee acalma-te, a tua casa é aqui ao lado. – disse-me o Jacob.
- Mas tenho que ir rápido.
- Eu levo-te até á porta.
E assim foi, o Jacob levou-me até á porta da minha casa.
- Boa noite Nessie. – despediu-se.
- Nessie? – perguntei-lhe admirada pelo minha alcunha.
- Pois… - ele parecia envergonhado. – O teu nome é muito grande, então arranjei-te uma alcunha, mas se não gostares não volto a chamar-te assim.
- Adorei. – e realmente era linda: Nessie… - Boa noite Jake. – ele também ficou surpreendido pela minha alcunha, mas não disse nada, apenas sorriu e eu entrei dentro de casa.
Quando fechei a porta, encostei-me nela e deslizei até ao chão, aquele dia tinha sido maravilhosa, estou tão feliz, tão…tão contente, que nada poderia estragar o dia de hoje, ou pelo menos eu pensava assim.
- RENESMEE?? RENESMEE?? – O meu pai grita por mim a descer as escadas. – POR ONDE ANDASTE? JÁ VISTE QUE HORAS SÃO? – Grita comigo, puxando o meu braço escadas acima. – NEM JANTAR ESTÁ FEITO. UM HOMEM FARTA-SE DE TRABALHAR PARA DAR COMIDA E ESTUDOS A UMA FILHA E É ISTO QUE RECEBE? CHEGO A CASA E AINDA TENHO QUE IR FAZER O MEU JANTAR? – a esta altura já estava a chorar, mas eu disse que nada poderia estragar o meu dia de hoje, e eu não vou deixar que nada estrague o dia de hoje, e pela primeira vez na vida consegui ser forte, puxei o braço que o meu pai estava a agarrar, e como ele não estava a espera, foi fácil de o arrancar e corri para a casa de banho.
- RENESMEE SAI DAÍ JÁ!
- Não pai, eu estive a fazer um trabalho para a escola, desculpa o atraso, eu devia ter avisado, mas esqueci-me, desculpa.
- SAI JÁ DAÍ RENESMEE, DEPOIS É PIOR …
- Não pai … - e bateu na porta da casa de banho e tremeu, eu com o medo com o que ele poderia fazer, abri a porta, ele agarrou-me pelo braço, bateu-me na cara e encostou-me á parede a apertar-me com força o pescoço.
- NUNCA MAIS CHEGUES ATRASADA, OUVISTE? – acenei afirmativamente, mas ele voltou a apertar-me com mais força. – OUVISTE? – repetiu.
- Siimm… - e depois amando-me para dentro do quarto e fui bater com a cabeça á madeira da cama e ele fechou-me no quarto.
Levantei-me e deitei-me na cama, nem tive vontade nenhuma para vestir o pichama.
Ás vezes era assim, quando não me violava, batia-me e fechava-me no quarto.
Adormeci a chorar, e a lembrar-me da maravilhosa tarde que tive, todo o sofrimento que tive agora valeu a pena, estar com o Jake é a melhor coisa, ele é especial…


Notas:
E agora vejam o trailer da minha fanfic Lugar Para Amar:

3 comentários:

  1. Gostei mas não foi fantastico, não teve suspense e não deixa a vontade e a curiosidade de ler o proximo.
    Ainda não tem um horario??


    De uma leitora honesta
    xoxo

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