10/09/2010

Lugar Para Amar - 1º Capítulo

Fiz uma nova capa, espero que gostem!

Capa do Capítulo:

1º Capítulo - Viagem Para Forks

Hoje, eu e o meu pai, vamos no mudar para Forks, eu nasci e vivi sempre em Phoenix, estou habituada ao calor próprio desta zona, e hoje não é diferente e não sei como me vou habituar ao frio todo o ano.

Estava a sair do cabeleireiro, novamente tive que pintar o cabelo de castanho escuro, porque simplesmente o meu pai obrigou-me, vá-se lá saber porquê, e estavam os característicos trinta e cinco graus, corri para a paragem de autocarros mesmo no momento que um chegou e corri para um lugar de baixo de um ar condicionado.

Neste lugar já vivi tantas coisas, fui feliz com os meus pais até certo momento da minha vida, agora só penso que deveria ter feito diferentes escolhas e não ser o que sou hoje.

Tenho tantas saudades dos tempos que era feliz, que a minha única preocupação era o que iria brincar hoje, mas o que sinto mais saudades é da minha mãe, do seu abraço de boa noite, tenho saudades quando ela dizia: “Tudo vai ficar bem minha querida.”, tenho saudades do seu amor e carinho.

Não sei onde é que a minha mãe vive neste momento, nem sei sequer se ela está viva, nunca mais tive notícias dela, nem uma carta, nem um e-mail, nem sequer um telefonema, também nunca me disse a verdadeira razão por ter se ido embora e não me ter levado, se ela queria ficar longe do meu pai, porque não me levou junto?

Todas noites penso o mesmo e a saudade torna-se em rancor e mágoa.

Porque é que ela me deixou aqui? Junto a este mostro que se diz ser meu pai?

O meu verdadeiro objectivo é ter boas notas e quando tiver dezoito anos sair daqui, o que me alegra é que já vive dez anos a sofrer nas mãos do meu pai, que mais dois é pouco comparando com o que já vivi.

Estava tão envolvida nos meus pensamentos que quase passava a paragem onde tinha que sair, e agora só faltava mais quatro minutos a pé para estar na minha casa.

Esses quatro minutos, todas as outras vezes, pareciam pouco, eu queria demorar muito mais para não ter que chegar á casa onde ocorreria tudo, outra e outra vez, todas as noites eram assim, o meu pai chegava bêbado a casa, metia-lhe um prato a frente e depois entrava no meu quarto para atacar-me.

Mas hoje não, hoje queria chegar a casa rápido e sair daqui, sair do espaço onde ocorreu durante 10 anos tortura e violência pela parte do meu pai.

Eu tenho esperança que ao mudarmos de casa, a atitude do meu pai também mude, tenho esperança de uma nova vida em Forks, uma vida sem violações, uma vida sem tortura, eu queria uma vida de amor, de pai e filha, queria tanto que o meu pai me respeitasse e me amasse como uma filha e não como uma que vende o corpo para qualquer um.

É essa a minha esperança.

Ao chegar a casa reparo que todas as mobílias e malas já tinham sido levadas e apenas umas pequenas bolças se encontravam á entrada.

- Pai? – chamei ao subir as escadas.

- Estou aqui Renesmee. – chamou-me o meu pai da cozinha e fui ter com ele.

- Quando é que vamos embora? – perguntei-lhe vendo-o a fazer uma sandes.

- Estamos só a espera que o Emmett chegue, ele vai nos levar ao aeroporto, é que o meu carro já foi.

- Ok, depois chama-me. – e dirigi-me uma última vez ao meu quarto.

Abri as portas e vi o lugar vazio, estava completamente branco, sem nada, aquele quarto foi o espaço de alguns episódios mais tristes dos últimos anos, peguei na mala de mão que pedi para ir cominho onde continha umas fotos de família que estavam no álbum da minha mãe, mas quando ela foi-se embora o meu pai deitou fora todas as coisas dela, apenas fiquei com estas 4, porque consegui tirá-las no álbum um dia antes, uma era do dia do casamento dos meus pais, outra ela a minha mãe grávida de mim, outra aparecia eu e a minha mãe e a última era minha com o meu pai.

Esta pequena mala também continha alguns segredos, tal como os meus diários, os meus livros preferidos, eu adorava ler, era uma forma de sair da minha vida e entrar num universo onde existisse seres maravilhosos, os meus favoritos eram os que falavam sobre o sobrenatural, principalmente vampiros.

- Renesmee…Renesmee vamos embora, o Emmett já chegou. – ouvi o meu pai a chamar-me e desci as escadas.

Emmett era um antigo sócio do meu pai que teve mais sorte que ele e rapidamente conseguiu um novo emprego no mesmo ramo empresarial e assim não teve problemas, já o meu pai decidiu manter uma loja de material desportivo em Port Angeles para não estar no desemprego, mas o inconveniente disto é que tivemos que nos mudar para lá para o meu pai trabalhar de perto com a loja, que tinha com o nome: CullenSport, era uma empresa de família, com muitas lojas espalhadas pelo país e agora apenas uma aberta, o meu pai não teve sorte, mas pelo menos conseguiu deixar uma aberta e assim sustentar-nos.

A viagem até ao aeroporto foi calma, apenas ouvia as despedidas do meu pai e do Emmett, a dizer que ia ter saudades das saídas, das conversas de amigos e outras coisas que decidi não ouvir e meter os auscultadores do meu MP3 nos ouvidos e ouvir a uma das minhas músicas preferiadas: The Climb, de Miley Cyrus.

A viagem aérea de Phoenix para Seattle demora cerca quatro horas, mais uma hora, num pequeno avião, para Port Angeles e dai temos que ir de carro até Forks, a minha nova residência, que foi onde o meu pai arranjou uma pequena casa o mais perto da loja.

Quando chegámos gostei logo da casa, era muito bonita e agradável que tinha dois pisos.

Quando se entra na casa no lado direito tinha uma sala com os nossos sofás antigo e a velha televisão e no lado esquerdo uma porta que dava para a cozinha.

No andar superior tinha três portas, uma pequena casa-de-banho ao fundo do corredor, no lado direito era o meu quarto e no outro lado era o do meu pai.

O meu quarto tinha a mesma cama da casa anterior e montes de caixotes por arrumar, decidi logo começar por ali.

Passado algumas horas fui para baixo fazer o jantar e ao chegar vejo um bilhete do meu pai: “Fui sair, faz o jantar que depois como. Até logo.”

Começei a preparar uma simples massa com molho branco, bacon, salsichas e cogumelos, pois não tínhamos muitas coisas.

“Amanhã tenho que ir ás compras” – pensei para mim.

Após comer e meter de parte um bocado para o meu pai, fui arrumar as coisas para amanhã.

O meu pai inscreveu-me aqui na escola de Forks e vou entrar dois meses depois, não queria nada entrar assim no meio do período, mas já não podia fazer nada, já estava cá.

Tomei um banho quente para relaxar e vesti o meu pijama, umas calças e uma camisola de manga cumprida, pois já estou a adivinhar que aqui as noites são bem frias, comparado em Phoenix que dormia apenas de calções e top, e isso quando conseguia me levantar depois de o meu pai sair daqui.

Deitei-me na cama e adormeci na esperança de uma vida melhor, de um pai melhor.

Mas claro que isso não ia acontecer.

A meio da noite o meu pai acorda-me.

- Renesmee, RENESMEE ACORDA. – grita ele já a tirar-me as calças.

- Pai não… - choraminguei e pedi, mas foi em vão.

Ele deu-me uma estalada na face direita, fazendo-me chorar mais e apertou-me os braços em cima da minha cabeça.

- Tu gostas Renesmee, eu sei. Não chores querida. – dizia-me ele com o bafo a cerveja e quando o sinto a entrar dentro de mim, começo a chorar ainda mais.

- Pai PÁPA…por favor… - começo a pedir-lhe e ele começa com mais força.

- PÁRA… - eu grito.

- Não grites Renesmee. – e voltou-me a bater na cara.

Ouso-o a gemer e dá com mais força, e eu imploro que pare, até que ele sai de cima de mim e sai da minha cama, eu tapo-me com o lençol e choro mais e mais.

Porquê?

Porquê eu?

E adormeço ainda a chorar e a implorar que isto pare um dia.

3 comentários:

  1. Querida, está muito bem escrita. Arrepiei-me muitas vezes. O pai chama-se Edward? É estranho imaginar o Sr.Edward Cullen assim
    beijinhos

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  2. É eu também não consigo imaginar o edward assim, eu sempre que escrevo tenho que pensar noutra pessoas!! xD

    Obrigada!

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  3. tbm gostei do texto, mas acho q vc poderia mudar os nomes pq a historia naum tem uma continuação dos textos originais, e nem tem como imaginar o Edward assim, mas gostei mt da história, mt realista.

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