12/03/2010

Vida Eterna - 5º Capítulo

Olá!

5º Capítulo

Versão da Nessie – 1ª Parte

Estava em frente a ele e não me conseguia mexer.
Ele chegou-se ao pé de mim e abraçou-me.
- Desculpa Nessie.
Desculpas?
Ele estava a pedir-me desculpas?
Mas porquê?
- Porquê Jake? – perguntei-lhe completamente atónica.
Ele pareceu surpreendido.
- Por causa da tua festa de anos. Desculpa.
Ah!
Pois, ele ter ido embora daquela maneira depois de eu implorar que ele ficasse foi mesmo mal, mas pronto, eu tinha vindo para falar com ele e o resto não importa.
- Jake, preciso de falar contigo. – disse com um tom de voz suave e lento.
- Falar? Sobre o quê? Mas espera! O Edward ou a Bella sabem que estas aqui?
Ups….e agora?
Ia mentir?
Não, não posso mentir ao Jake, vá Renesmee conta a verdade.
- Não, não sabem. Fugi pela janela. Mas é que precisava mesmo de falar contigo.
- A sério? O Edward vai ficar fulo quando descobrir. Olha vamos para a garagem, o meu pai já deve estar a dormir, por isso não o vamos acordar.
Eu assenti com a cabeça e fomos em direcção á pequena garagem avermelhada que se encontrava no meio do mato junto a casa dele.
Entramos e fomos nos sentar no pequeno sofá de dois lugares que ele tinha no fundo da garagem. Estava completamente nervosa, ele ali, junto a mim, de tronco nu, eu quando olhava para ele corava levemente, e tinha sempre a impressão que ele notava perfeitamente.
- Então Nessie? O que é que se passa para a minha princesa ter saído de casa a meio da noite? – perguntou-me ele cortando o silencio que existia entre nós.
- Sabes Jake…eu…. – estava completamente nervosa que até gaguejava – Eu vou começar a ir á escola para a semana que vem. – decidi começar pelo mais simples.
- A sério? – ele ficou com uma cara de pânico, surpresa, tristeza ou admiração?
Não conseguia distinguir a sua reacção.
- Sim, os meus pais acham boa ideia. É por isso que preciso de falar contigo. Estou super nervosa. E se não conseguir adaptar? E se descobrirem? Pior, se eu não me conseguir controlar? – eu estava a falar e não parava.
- Calma, primeiro, tu não te vais descontrolar, pois és uma meia-vampira responsável e que sabe distinguir o que deve e não deve fazer. Depois, tu já sabes a matéria toda, vai ser canja fazer o secundário e vais-te adaptar rapidamente, pois não á nada para te adaptares, é só ires ás aulas, ouvires os professores e voltares para casa.
Ele começou a rir-se e eu entrei no ritmo.
- Obrigada Jake, sinto-me muito melhor. Sim deve ser fácil. – agradeci-lhe amavelmente e ainda não era hoje que ia entrar no outro assunto.
- Nessie, olha durante os teus anos não te consegui entregar a tua prenda de anos. – ele tirou uma caixinha pequena do bolso dos calções e entregou-me – Toma, Parabéns princesa!
-Oh Jake não era preciso!
Eu abri a pequena caixa com um embrulho castanho avermelhado e quando a abri vi a pulseira mais linda de sempre.
Era uma pulseira de ouro super simples, mas tinha pendurado um lobo também em ouro.
- É tão linda. Adorei. – comecei a chorar e abracei-o logo, não consegui evitar.
- Ainda bem que gostaste. Adoro-te Nessie.
Ele disse-me que adorava-me?
- Eu também gosto muito de ti Jake! – e ele nem fazia a ideia de quanto, mas ia ficar assim durante mais algum tempo, por enquanto bastava-me a sua amizade, isso eu não queria perder nunca.
Ele colocou-me a pulseira no meu braço direito.
Ela era tão linda e servia-me perfeitamente, parecia que tinha sido feita á minha medida.
Era simplesmente magnífica.
- Acho melhor ires para casa, se não o senhor Cullen vai ficar furioso. – disse-me o Jacob.
- Acho que ele nem vai saber, os meus pais estavam demasiado entretidos. – começamos a rir tipo loucos, só de pensar o meu pai e a minha mãe, urhh, até me dá arrepios de nojo.
- Nessie eu levo-te até onde eles não me sintam está bem?
Acenei afirmativamente e saímos da pequena garagem.
Demoramos cerca de meia hora a chegar, pois fomos devagar e aproveitar a noite, e durante todo o caminho fomos calados, nenhum de nós disse uma única palavra.
Quando chegámos a uns 800 metros da minha casa ele abraçou-me e beijou-me a face esquerda. - Boa noite Nessie! Até amanhã!
- Boa Noite Jake. – foi as únicas palavras que me saíram depois de um abraço daqueles que me deixou sem fôlego.
Corri o mais rápido possível em direcção a casa, entrei para o meu quarto e pareceu-me ver tudo como estava e até ouvir alguns sons do quarto dos meus pais, percebi logo que estava tudo bem e que eles não sentiram a minha falta a hora que estive fora, sim parece que tinha sido uma eternidade, mas foi apenas uma hora.
Vesti o meu pijama, uns calções largos e uma t-shirt com a pantera cor-de-rosa.
Deitei-me na cama e deixei-me levar pelo sono.

- Renesmee acorda! Acorda Nessie!
Quem é que me está a gritar a uma hora destas?
- Vá lá Nessie levanta-te, temos muita coisa para fazer.
Abri lentamente os olhou e a primeira coisa que vi foi a minha tia Alice ao meu lado a saltitar e a gritar.
- Nessie, acorda! Vá lá miúda.
Ai não acredito.
- Tia, deixa-me dormir. – pedi-lhe.
- Deixar-te dormir? Nem penses nisso. Temos que ir comprar as coisas para a escola. Vá lá dorminhoca, acorda. – que chata que ela é.
Estava mesmo a ver que não ia conseguir ficar a dormir, por isso levantei-me lentamente.
- Até que enfim querida! Vai tomar banho e veste-te, estou á tua espera na casa grande.
- Bom dia para ti também tia. – mas ao dizer isto ela já tinha saído do meu quarto num fechar de olhos.
Dirigi-me á casa-de-banho e liguei a torneira da banheira.
Entrei e tomei um duche rápido, com a pressa que a Alice estava, era melhor não demorar.
Após o rápido duche, voltei para o meu quarto e tirei do roupeiro umas calças de ganga e uma t-shirt a dizer: Glamorous em dourado, penteei-me, meti perfume e calcei umas botas castanhas rasas, pois ir fazer compras com a Alice era sinónimo de andar muito e dores de pés.
Sentei-me na cama e estava a arrumar a mala com carteira, telemóvel, gloss, etc, quando reparei na pulseira dourada que tinha no braço direito.
Lembrei-me da noite passada em que fui ter com o Jacob e ele deu-me esta pulseira como prenda de aniversário que adorei.
Neste preciso momento o meu pai entra pela porta dentro do meu quarto.
- Renesmee Carlie Swan Cullen, onde estiveste ontem á noite?
Ups, esqueci-me que o meu pai estava aqui em casa e que ainda por cima lia mentes.
Alguém pode ser apanhada da pior maneira?
Eu não podia mentir nem nada.
- Nem tentes Renesmee. – respondeu-me o meu pai ao meu pensamento.
A minha mãe segurava o braço do meu pai para que ele não fizesse nenhuma asneira.
- Desculpa pai, eu devia ter pedido autorização, mas foi um impulso, eu precisava mesmo de falar com ele. – e comecei a choramingar.
- Alguém me diz o que se está a passar aqui? Edward? Renesmee? – a minha mãe não estava a perceber nada da conversa.
“Pai conta-lhe” – pedi-lhe em pensamentos.
- A Renesmee fugiu ontem á noite de casa e foi ter com o Jacob.
- Desculpa mãe, eu precisava de falar com ele.
Ela estava com uma cara de espanto, mas não de terror.
- OH Renesmee! Não voltes a fazer isso. Foi a primeira vez. Mas não voltes a sair assim de casa a meio da noite. Está bem querida?
- Claro mãe. Desculpem, não volta a acontecer.
O meu pai ainda estava a tremer e todo nervoso, mas após as palavras da minha mãe ele acalmou-se e veio me abraçar.
- Pronto querida, mas não voltes a sair assim a meio da noite. Quando soube que tinhas saído de casa a meio da noite, pensei logo nos perigos que podias encontrar por ai.
“Pai, hello! Sou meia-vampira, não sou nenhum humano qualquer frágil e sensível”
- Eu sei querida, mas não voltes a fazer isso. Agora vai que a Alice já está a fumar pelas orelhas.
O meu pai é o maior (ele riu-se com o comentário).
Abracei o meu pai.
- Adoro-te pai.
Depois abracei a minha mãe.
- Adoro-te mãe.
Sai de casa a correr, saltei o pequeno rio e corri para a casa dos meus avôs.
- Até que enfim Renesmee, já estava quase a ir te buscar. – a minha tia apareceu á minha frente e estava fantástica, até de mais para ir simplesmente ás compras.
Ela estava com um vestido que lhe dava por cima do joelho preto com uns bordados ao pé do peito, tinha uns collants pretos, umas botas com um salto pequeno em tons de preto brilhante e para finalizar, tinha vestido um casaco com manga a três quartos que lhe assentava perfeitamente.
- Desculpa tia, tive uns problemas com os meus pais, eu conto-te pelo caminho. Olha posso levar o meu carro? Ainda não o experimentei.
- Claro querida, mas vamos já, temos muita coisa para comprar.
A viagem foi rápida, eu a conduzir e a falar sobre a noite passada, a Alice nem queria acreditar naquilo que tinha feito, e até me repreendeu, mas depois esqueceu e passou á acção no Shopping de Seattle.
Fomos á melhor papelaria do shopping e comprei uma data de cadernos de uma colecção rosa e prateada linda e até comprei o estojo igual.
Depois fomos a montes de lojas de roupa para renovar o meu guarda roupa, com casacos, camisolas de manga cumprida, pois este tipo de roupa eu tinha pouca, pois só as vestia quando saia para estar com os humanos no Inverno, de resto nunca tinha frio, eu achava que podia estar no meio de um nevão de manga curta e calções que não ia ter o mínimo de frio.
É a sorte de ser meia-vampira.
Ao fim do dia estava cheia de sacos de várias lojas diferentes, entre eles tinha, os cadernos para a escola, casacos, camisolas, calças e botas.
Peguei no carro e na velocidade máxima consegui chegar a casa em 15 minutos, uma viagem que uma pessoa numa velocidade normal, faz em 35 minutos.
O resto do dia correu normalmente, sem muitas alterações, só a diferença que o Jake não tinha vindo.
No domingo estive a planear o plano de estudo com o meu avô, era o dia de folga dele no hospital e estava a ajudar-me a organizar-me os estudos que ia dar no ano lectivo.
Durante todo o dia não vi os meus pais, pensei que eles tivessem na nossa casinha, que era o mais provável, portanto não liguei.
Ao fim do dia toda a minha família, incluído os meus pais que já tinham chegado, juntaram-se á mesa para me darem algumas dicas como falar com os meus colegas, que história ia contar á escola e diversas atitudes que um adolescente normal tem.
Durante todo o fim de semana o Jake não tinha ido ver-me, já estava a ficar preocupada, ele tinha dito na sexta que íamos nos ver no dia seguinte, mas ele apareceu, e no dia seguinte, hoje, também não.
Eu não podia dar-me ao luxo de ir ter com ele, pois tenho a certeza que desta vez o meu pai estaria atento.
Então deitei-me na minha cama com os fones do meu iPod nos ouvidos e comecei a ouvir música para tentar ficar mais calma.
Amanhã ia pela primeira vez para a escola.
Local novo, pessoas novas, tanta coisa nova.
Adormeci a pensar sobre este assunto e a ouvir a minha música preferida.




Versão do Jacob – 2ª Parte

O leitor de mentes tinha sido específico: não podia ver a Nessie durante todo o fim de semana.
Tinha acabado de vir da ronda e estava cheio de sono, e cheio de saudades da minha princesa, só me lembrava dela, não conseguia parar de pensar na Nessie.
Quando cheguei á porta da minha casa vi duas pessoas que me eram familiares.
Bella e Edward.
- Olá Jake. – saudou-me a Bella, desde o nascimento da Renesmee eu nunca mais me importei se a Bella era vampira ou humana, ela continuava a ser a minha melhor amiga e tratava-me como o seu melhor amigo.
Abracei-a num abraço forte, pois sabia que ela não se ia partir ao meio, o Edward riu-se com o meu pensamento.
- Olá Bella, ei Edward – acenei-lhe com a mão.
- Preciso de falar contigo. – disse o leitor de mentes com uma voz grave.
- Eu sabia que vais cedo ou mais tarde vinhas cá. – eu sabia, ele queria tratar-me como um adolescente de 15 anos, ele queria pedir-me para afastar da Nessie, eu sabia, mas ele tem que compreender o que significa para mim a Nessie, ele tem que saber e não me pode afastar dela.
- É assim Jacob, quando tu tivestes aqueles pensamentos eu fiquei louco. Nunca pensei ninguém pensar na minha filha daquele jeito, ela ainda só tem sete anos, tudo bem, que parece ter 17, mas não tem. – ouvi tudo sem dizer uma única palavra, ele tinha razão, eu passei das marcas.
- Pois passas-te.
- Mas Edward, Bella, eu nunca pensei nela daquela maneira, tu sabes disso. – apontei para o leitor de mentes. – Mas não sei o que me deu naquela altura, ela estava tão…
- Urhh. – o leitor de mentes não estava a acha graça.
- Desculpem, mas não me consegui controlar, ela parece uma mulher.
- MAS NÃO É. – gritou-me o Edward.
- Eu sei, eu sei.
- Quero que te afaste dela durante um tempo.
- Edward! – repreendeu a Bella.
- Bella é o melhor. Jacob… - voltou a olhar para mim - a Renesmee vai começar a ir á escola amanhã e quero que ela conheça novas pessoas, novos amigos, eu não quero que ela esteja obrigada a ficar contigo por causa dessa maldita impressão. – ele tinha razão.
- Eu sei, e nem eu quero isso. Eu vou ser para a Nessie aquilo que ela quiser que eu seja, a impressão é isso mesmo, claro que por vezes transforma-se em amor, mas se ela não quiser não sou eu que a vou obrigar, eu vou estar bem, se ela estiver bem. Isso é a impressão. Compreendo que queiram que ela conheça novas pessoas, mas por favor, não a metam longe de mim. Ela é a minha vida. – OMG, se alguma vez eu pensava que ia estar á frente a um vampiro e a implorar-lhe, eu pedia para me matarem, mas tinha que ser, era a minha pequena, era a minha vida que estava em jogo.
- Ela não é a tua vida.
- Sabes que sim, sem ela eu estava neste momento sei lá onde. É por ela que eu estou aqui vivo á vossa frente.
- Jake! – a Bella correu para os meus braços.
- Jake vá lá, apenas alguns dias, eu depois convenço o Edward, mas tenta não pensar na minha filha desse jeito, eu também não gostei nada de saber o que pensaste, ela só tem sete anos. – a Bella podia ser muito tolerante comigo, mas mesmo assim protegia a filha de tudo e todos, incluindo de mim.
- Jake tu já me explicaste tudo sobre a impressão, e só se a Renesmee for muito burra é que não vai te amar, tu és o melhor para ela, eu sei, mas tem paciência.
O Edwrad rugiu com o comentário da mulher.
- Edwrad, amor, tu também sabem bem, que não á outro homem que vai amar mais a nossa filha que o Jacob mas como tu disseste a escolha é dela, e Jake. – olhou para mim. – tem paciência. – voltou-me a abraçar e despediu-se. - Adeus Jake.
- Adeus Bella.
Entrei em casa, fui directo á casa de banho e tomei um banho rápido, depois vesti uns calções e deitei-me.
Adormeci com as imagens da minha menina, ela é tudo para mim, ela é a minha vida, e não posso viver sem ela, tenho que lutar.


Anexos:


Roupa da Alice no dia das compras:

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