01/12/2010

Lugar Para Amar - 13º Capítulo

Olá meus queridos!
Hoje como foi feriado, eu consegui terminar o capítulo a tempo, supostamente era só para postar amanhã, mas como amanhã vou para a explicação de matemática e só saio de lá as 7 da noite, eu vou chegar tarde a casa e depois já não devo podir vir á net, assim posto já para não haver problemas...xD
Espero que gostem do capítulo e para aquelas pessoas que queriam tanto a Bella de volta vão gostar deste capítulo...


13º Capítulo – Nem Tudo Se Perdoa

Sai daquela casa a correr, não quero nunca mais o ver, quero ficar sozinha, esquecer que ele existe.
Segui pela rua, sem ao menos pensar para onde estava a ir, só queria desaparecer e esquecer..
As lágrimas teimavam a escorrer pela face e apenas pensava o porquê de ele me ter feito aquilo, eu não arranjava uma explicação.
Ele não me amava?
Era essa a verdade e eu sempre soube, não sei porque é que me iludi, o meu pai tinha razão, a Hilary tinha razão, apenas consegui perceber antes de ser tarde de mais.
Nunca mais vou falar com ele, eu quero desistir de tudo, quero que tudo o que aconteceu entre nós desapareça, mas eu sei que não serei capaz, eu sou demasiado fraca para conseguir abandonar tudo e deixar tudo para trás.
Quando me senti cansada, encostei-me a uma árvore de um pequeno parque dali perto, o dia estava nublado e não se encontrava ninguém por ali, tudo parecia calmo e sereno, longe dos problemas.
Limpei as lágrimas e levantei-me.
Tenho que reagir, não posso continuar assim, ele não merece, ninguém merece.
Nem dei pelas horas passarem e quando cheguei a casa já era hora do jantar, eu tinha ficado o dia inteiro fora.
O meu pai estava na sala e eu dirigi-me para a cozinha para fazer alguma coisa para comer.
Quando nos sentámo-nos á mesa ele não comentou nada, tal como nos últimos dias, mas antes de sair da cozinha virou-se para mim.
- Não me venhas dizer que eu te avisei e que estás arrependida. – ele disse-me e saiu do cómodo e voltou para a sala, frente á televisão.
Segui para o meu quarto e lá fiquei o resto da noite a chorar, eu sei que ele não merece isso de mim, todas as lágrimas derramadas só me fazia relembrar a situação em que os apanhei, que era um momento que não queria relembrar nunca mais.
No dia seguinte o Jake tentou falar comigo, mas eu não lhe atendi as chamadas e muito menos lhe abri a porta.
Na segunda-feira fui cedo para a escola, apanhando o autocarro e quando lá cheguei fui directamente para a sala.
Quando ele entrou reparei que não era o mesmo Jacob que conhecia, ele estava cansado e tinha enormes olheiras.
A Hilary chegou e segurou-o, mas ele afastou-se dela seguindo em minha direcção.
- Nessie, precisamos de falar. – ele disse-me olhando para os meus olhos.
Eu estava perdida naquelas pedras negras, eu sabia se não reagisse eu não ia conseguir seguir em frente, então rapidamente abaixei a cabeça.
- Não temos nada que falar Jacob. – disse-lhe, mas ele voltou a tentar sentando-se no seu lugar ao meu lado, mas nesse momento o professor entra na sala e manda-nos calar, ao qual o Jacob obedeceu.
Mas no intervalo não tive como fugir, ele puxou-me pelo braço em direcção ao pátio da escola e metemo-nos atrás de uma árvore onde ninguém nos poderia ouvir.
- Nessie, tudo o que viste não é verdade… - ele estava a explicar-se, mas eu interrompi-o.
- Não Jacob, não me interessa, eu vi pelos meus próprios olhos, e não quero saber o que tu fazes ou não, estou farta, estou farta que as pessoas que amo me magoem, estou farta de ser humilhada, estou farta Jacob, percebes? – as lágrimas já me escorriam pela face, mas eu não podia desistir e tinha que continuar. - Portanto, estás livre para fazeres o que quiseres da tua vida, não me procures mais, estou muito magoada contigo e não quero saber de mais nada, sai da minha vida, não quero mais ninguém nela que me machuque. Adeus Jacob. – e sai de lá a correr, deixando-o petrificado no mesmo lugar.
Eu não tinha condições para voltar para as aulas, segui para a paragem de autocarros e quando chegou fui para casa trancando-me no meu quarto.
As primeiras semanas após terminar com o Jacob foram totalmente impossíveis.
Todas as vezes que o Jacob tentava falar comigo eu fugia dele, nunca mais deixando ele se aproximar, estando assim cada vez mais afastada dele.
Já se passou dois meses que estamos separados, o Jacob está a andar novamente com o grupinho dele, eu sei que ele anda a fazer porcaria novamente, as notas desceram drasticamente, ou melhor: voltaram ao que era, mas pelo menos ele não anda novamente com a vaca da Hilary, ela bem anda sempre atrás dele e no meio do refeitório ele dá-lhe com cada tampa que toda a escola ri-se.
Num dia normal como os outros, chego a casa e tenho uma pessoa á minha espera que nunca mais esperava ver na minha vida.
- Renesmee, há uma pessoa na sala que quer falar contigo, Renesmee ouve-a. – disse-me o meu pai.
- Mas pai, quem é? – perguntei-lhe, mas nesse momento ouço uma voz que tantas saudades eu tive.
- Filha? – a mulher olhou para mim e sorriu.
Eu fiquei petrificada no mesmo lugar, tantos anos que sonhei por este dia, tantos vezes que chorei a pedir que a minha mãe voltasse e agora ela está aqui, mesmo á minha frente, tal e qual como eu me lembrava, apenas com umas roupas melhores.
- Renesmee, filha… - ela correu para mim, mas eu levantei a mão e parei-a.
- Não, não…o que estás aqui a fazer? – eu perguntei-lhe.
Eu tive muitas saudades dela, mas não muda o facto de me ter deixado apenas com catorze anos e agora é que se preocupa?
- Filha ouve-me, eu tenho muitas coisas para te contar, quero saber tudo sobre ti, e quero que saibas o motivo de eu ter-te deixado, eu não queria filha a sério… - eu não queria ouvir mais nada, então interrompi-a.
- Não quero saber, deixa-me. Não é agora após anos e anos que vens, tu sabias o que o meu pai me fazia e mesmo assim não me ajudaste. Não me digas que não sabias, pois isso é mentira. – as lágrimas já escorriam pela minha face e eu não conseguia impedir. - Desde o seis anos que sofro e tu nada, sempre que tentava falar contigo tu ignoravas-me e depois deixaste-me, nem sabes o que eu sofri, todas as noites tinha esperança que entrasses pela porta do meu quarto e viesses me buscar, mas isso nunca aconteceu e agora é que vens? – disse-lhe tudo o que sentia, virando-lhe costas no fim, eu não conseguia olhar para ela, sempre que via aqueles olhos lembrava-me do dia em que a minha mãe saiu de casa e nunca mais voltou.

Passado (Início):
- Filha, porta-te bem, sabes que a mãe ama-te e vai voltar logo rapidinho. – disse-me a minha mãe já a chorar e abraçou-me forte.
- Mãe, só vais trabalhar, logo vamos estar juntas, vai trabalhar mãe, não te preocupes. – disse-lhe abraçando-a.
- É filha, mas lembra-te: aconteça o que acontecer, nunca te esqueças que eu amo-te, é por ti que eu estou a fazer isto. – ela despediu-se de mim e saiu pela porta e nunca mais voltou.
Chorei por dias, pedi a Deus que me devolvesse a minha mãe, mas durante todo o tempo que desejei isso, nunca aconteceu.
Passado (Fim)

- Filha eu tenho que te contar tudo, ouve-me é só isso que te peço. Por favor… - virei-me para a minha mãe, encarei-a e fui em direcção ao sofá.
- Eu vou-te ouvir, mas não peças perdão, isso eu ainda não consigo. – disse-lhe e a minha mãe sentou-se ao meu lado e agarrou as minhas mãos.
- Eu compreendo filha, mas olha vou-te contar tudo. Na época que namorava o Edward ele era o melhor namorado que alguém poderia ter, simpático, apaixonada, querido, meigo, mas tudo isso mudou após casarmos, logo nos primeiros meses percebi o verdadeiro homem que ele era e foi ai que começou a bater-me e a obrigar-me a fazer coisas que não queria, ele mudou completamente e eu não poderia fazer nada, ele era o meu marido e não podia mudar isso naquela altura. – eu ouvia tudo com atenção, mas sinceramente não estava a espera que o que ela me contasse me fizesse mudar de ideias sobre ter-me deixado sozinha. – Quando tu nasceste, o teu pai era querido para ti e durante os primeiros anos de tu nasceres ele voltou a ser o homem por quem me apaixonei, mas depois quando a empresa começou a ir á falência ele começou a ser ainda pior do que antes, maltratava-me e a ti também, filha desculpa, eu sempre desconfiava do que ele te fazia, nunca tive a certeza, mas sabia que se passava alguma coisa. Durante o meu trabalho, vinha todos os dias um cliente que me ouvia, dava-me conselhos e era meu amigo e passado uns tempos apaixonei-me por ele, ele contou-me que podia tirar-me daquela vida e eu aceitei, mas disse-me que apenas podia levar-me a mim. Eu não queria ir, mas sabia que teria uma vida melhor e depois viria te buscar. Quando cheguei a Nova York, o homem queria que eu trabalha-se num bar como bailaria e stipper, eu fugi e durante uns meses andei a dormir na rua, até que consegui trabalho como empregada numa casa rica.
Há dois anos conheci o homem da minha vida, ele era sobrinho do casal da casa onde eu trabalhava, mas como vivia em longe eu sempre que o via não sabia disso, pois nunca o vi lá na casa. Ele apaixonou-se por mim e eu por ele, ele é simplesmente maravilhoso e levou-me para Londres.
Filha, não ouve um dia que não pensasse em ti, mas não tinha coragem para dizer ao Haten que tinha uma filha, eu tinha medo que ele me deixasse, desculpa filha, eu não tenho perdão. Quando ele disse-me que gostaria de ter filhos, eu contei-lhe tudo, desde o meu casamento com o teu pai até ao dia que fui para Nova York, o Haten ficou super chateado comigo por nunca lhe ter contado que tinha uma filha, mas desculpou-me, depois de eu prometer-lhe que te vinha buscar. Filha eu sempre te amei, mas queria que tivesses uma casa e comida, por tudo o que sofres com o teu pai, pelo menos tinhas casa e comida. – ela disse-me já a chorar.
- Não mãe, eu preferia murar na rua, ao frio e sem comida, do que passar por tudo o que o meu pai me fez. E outra coisa, é passado, felizmente acabou e não foi graças a ti. – disse-lhe com ódio.
- Filha por favor, desculpa-me. – ela pediu-me.
- Não mãe, não consigo. – expliquei-lhe.
- Pelo menos vem comigo, sai desta casa, vem morar comigo, a nossa casa é maravilhosa, tu ias adorar. – ela pediu-me.
- Não, a minha vida é aqui, não quero me mudar, o meu pai já percebeu o que pode e o que não pode fazer e não quero sair daqui, agora é tarde de mais. Só quero acabar a escola e depois ir para a universidade. – contei-lhe os meus planos.
- Eu compreendo filha, mas pelo menos deixa-me ajudar-te, deixa-me fazer parte da tua vida. – ela pediu-me.
No início demorei a aceitar, mas o que tem de mal tentar que a minha mãe entre novamente na minha vida?
- Vou pensar mãe. – eu dei-lhe a minha resposta de uma forma curta e indecisa, para ela pensar que ainda não sabia se a queria de volta á minha vida, mas a verdade é que eu sinto falta dela, sinto falta das palavras de carinho dela, das canções, dos abraços, de tudo.
- Eu compreendo. Mas conta-me tudo, eu demorei muito tempo até vos encontrar, andei doida durante três meses á tua procura. Conta-me tudo, quero saber mais. – a minha mãe queria saber mais sobre mim, mas eu não lhe ia contar mais que o suficiente.
- Nada aconteceu. Mudámo-nos porque a empresa faliu de vez e a única loja que ficou aberta foi a daqui perto, então mudámo-nos para aqui. Mais nada. – eu não queria falar nada sobre o Jacob, só me ia dar uma maior dor ao pensar nele, mas como se alguém lesse a minha mente, a campainha tocou e só poderia ser uma pessoa.
Permaneci no sofá até a minha mãe me chamar a atenção.
- Renesmee não vais atender a porta? – perguntou-me.
- Ah claro. – disse-lhe.
Quando abri a porta, deparei-me com o Jacob muito em baixo, olheiras e super triste.
- Nessie… - ele ia começar a falar mas eu interrompi-lhe.
- Vai-te embora. – e ia fechar-lhe a porta quando ele me impede de o fazer e entra dentro de casa segurando o meu braço e nesse momento percebo que ele não está bem, ele está completamente bêbado.
- Nessie, ouve-me, tu tens que me ouvir. – e ele apertou-me mais o braço.
- Jacob larga-me estás a aleijar-me. – e nesse momento vejo a minha mãe a vir na nossa direcção.
- O que se passa aqui? Quem é Renesmee? – perguntou a minha mãe.
- Sou o namorado dela. – respondeu o Jacob e apertou-me mais o braço e que me fez dar um grito de dor.
- Jacob pára, por favor. – quando digo isso o meu pai desce as escadas e empurra o Jacob de forma a tirar-mo de cima de mim, mas infelizmente o Jacob é mais forte e empurra o meu pai de volta.
- Não meta as mãos em cima dela, eu mato-o se isso voltar a acontecer. Renesmee não te quero nesta casa com ele, tu vens comigo. – disse-me a puxar para fora de casa.
Eu tinha que arranjar uma maneira de acabar com isto, a minha mãe estava a assistir tudo com uma cara de medo, eu não poderia dar-lhe mais razões para me tirar daqui.
- Jake, pára, por favor. – quando eu lhe chamei pela alcunha que lhe dei ele parou logo e largou-me – Jake, eu estou com a minha, vai para casa, toma um duche e amanha falamos, não te quero neste estado, mesmo não estando juntos eu só quero o teu bem. – aproximei-me dele e abracei-o e beijei-o na face. – Depois falamos Jake.
- Nessie, desculpa, desculpa, eu…ai, ai meu deus o que eu fui fazer, depois falamos, desculpa. – e abraçou-me e depois foi em direcção á sua casa.
- Renesmee quem era? – perguntou-me a minha mãe aflita.
- O meu namorado. – entrei dentro de casa e contei-lhe tudo, incluindo o que me vez separar dele.
- Filha tens que falar com ele, tens que perceber o porque de ele te fazer isso. – ela deu-me o conselho que poderia mudar a minha vida.
- Vou tentar mãe. – disse-lhe.
- Filha, eu vou passar mais uns dias por aqui, se quiseres falar ou se mudares de ideias em relação a ires morar para Londres, telefona-me, eu gostaria muito de passar mais tempo contigo e conhecer-te melhor. – ela disse-me e entregou-me um cartão. – Aí tens todos os meus contactos telefónicos, e-mail e morada, podes ligar sempre que precisares e já sabes gostaria muito de estar contigo de novo. Nunca te esqueças que sempre amei-te filha, apesar de tudo. – ela disse-me e depois saiu de casa, entrando numa Mercedes preta que se encontrava á porta da minha casa.
Eu tinha mesmo que falar com o Jacob, não podia adiar mais, eu tenho que perceber a verdade.
Então, decidi que amanhã seria o dia da verdade, tinha que descobrir tudo o mais rápido possível, ou pelo menos ouvi-lo.


Nota:
Mãe da Nessie (Bella):

2 comentários:

  1. Eu sabia que ela iria acabar por aceitar ouvir o Jake *-*
    Esta fanfic é simplesmente óptima e espero que eles façam as pazes! Muitos parabéns, escreves muito bem!
    Bjs!

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  2. o capitulo estava fantástico! eu quero que ela faça as pazes com ele!!!
    bjs
    guidinha

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