03/05/2010

Vida Eterna - 11º Capítulo

Olá, aqui está mais um capítulo da minha fanfic!

11º Capítulo

Versão da Nessie

Eu não aguentava mais aqueles olhos pregados em mim, aqueles grandes olhos escuros que me faziam esquecer tudo.
Não aguentava mais olhar para ele, as lembranças do dia anterior vinham-me mais fortes e como agulhas a espetar-se no meu coração.
Ergui-me e corri para dentro do meu quarto, empurrando a porta para se fechar, mas ele conseguiu segurar a porta e entrou atrás de mim.
- Nessie, temos que falar. – disse-me quando eu já estava encostada á parede, com a cabeça no meio das minhas pernas.
- Deixa-me, quero ficar sozinha. – disse em voz baixa e serena.
- Não Nessie, ontem deixei-te pensar, hoje vais ouvir tudo o que eu tenho para te dizer. – ele estava completamente decidido e tinha a certeza que não ia descansar até conseguir o que tinha vindo ali fazer.
Continuei com a cara entre as pernas, não conseguia olhar para ele, e não podia deixar que alguma palavra dele me deixa-se enfraquecer e voltar a acreditar nele, nele e na minha mãe.
- Fala.
- Obrigada. Primeiro quero te contar tudo desde o inicio, quero te contar a minha história toda. – ele andava de um lado para o outro no quarto, e podia ouvir os passos impacientes. – Eu desde pequeno que era muito ligado á mecânica, e logo muito cedo comecei a montar coisas, e desde muito novo comecei a juntar as peças para o meu carro, o Rabbit, isso já sabias que tinha sido eu a construi-lo. Bem, por isso eu era fanático pela mecânica, passava todo o tempo livre na garagem e por vezes saia com o Quil ou Embry mas nada de especial. E quando a tua mãe apareceu a pedir ajuda para arranjar umas motas, pois foi na época em que o teu pai a deixou, e eu comecei a olhar para ela de uma outra forma, não sei mas nós estávamos todos os dias juntos e pensava que a amava. – eu não podia continuar a ouvir aquilo, tapei os ouvidos com as mãos, mas tendo audição de vampiro não ajuda quando não queremos ouvir algumas coisas. – Mas depois transformei-me em lobo o Sam não me deixava contar-lhe mas ela descobriu tudo sozinha, bem concluindo, depois o teu pai voltou para a tua mãe e voltou tudo ao mesmo, mas eu e o Edward éramos inimigos mortais, eu existia para os matar. E quando descobri que eles iam casar, passei-me completamente, eu não queria que a Bella se tornasse num deles, não queria a pessoa que eu pensava que gostava ficasse fria e com um cheiro que me iria afastar. – isto foi a gota de água.
Levantei-me, agarrei nos braços dele e gritei.
- CHEGA, EU NÃO TENHO QUE OUVIR ISSO. SAI, SAI…
- Não Nessie, acalma-te. O que eu sentia pela Bella era uma parte dela que seria tua, uma parte de ti já estava nela, era isso que eu sentia. – eu ainda estava agarrada aos braços dele e levantou-me o queixo para olhar para ele. – O que eu sinto por ti não se compara a nada do que eu sentia pela Bella, a tua mãe é apenas a minha melhor amiga, mas eu amo-te Nessie.
- Mas…mas querias me matar… - disse soluçando.
- Nessie…eu pensava que o que eu sentia pela Bella era amor, mas estava enganado. Eu quando vi a Bella naquele estado só pensava vingar a pessoa que a tinha posto naquele estado, mas eu não podia fazer isso, pois o que eu sentia pela Bella era uma pequena parte do que eu sinto por ti. – eu sabia que ele me ia fazer isto, eu sabia se o ouvisse ia o perdoar, mas ainda havia uma coisa.
- Jacob, então se não tivesses a impressão natural comigo, neste momento podia estar morta? – perguntei-lhe de forma calma e serena.
- Nessie, mas tu não ouviste nada do que eu te disse? O que eu sentia pela Bella era como se uma parte de ti já estivesse nela, então se eu não iria ter a impressão por ti eu nunca iria gostar da Bella como pensaria que gostava, e iria aceitar logo o que ela queria, que era ficar internamente com o Edward, então eu nunca iria querer matar-te pois não sentiria vontade nenhuma de vingança, porque a Bella estaria feliz como vampira para sempre. Nessie, o que tu tens que entender é que eu pensava que amava a Bella e então não suportava de a ver como minha inimiga, mas eu estava era a espera era de ti, tu és a luz da minha vida, é por ti que me levanto todos os dias e sou feliz. Tu fazes-me feliz. – será que aquelas palavras eram as verdadeiras?
Se não fossem o meu pai já o tinha matado certo?
O meu pai só me quer ver feliz e ele sabe que o Jake me ama, certo?
O Jacob abraçou-me e eu correspondi abraçando a sua cintura, que só agora tinha reparado que estava sem camisa e fez-me arrepiar com aquele calor.
- Nessie, há mais uma coisa. – ele afastou-se e levantou-me o queixo para eu olhar para ele. – Ainda preciso de esclarecer a última coisa que a Leah te contou. – eu sabia ao que ele se referia.
- Jake, eu percebo, tu és homem e…. – ele colocou o dedo em frente aos meus lábios.
- É mentira Nessie. Como é que achas que eu conseguiria estar com outra pessoa, sendo tu quem eu amava desde bebé, sendo tu a existência de eu ainda estar vivo? Nessie eu nunca te enganaria dessa forma.
- Mas era normal, tu és homem, e … - ele interrompeu-me novamente.
- Mas será que te tenho que voltar a explicar em que consiste a impressão natural? Já não te lembras? Eu preciso daquilo que tu precisas, e mais nada. Eu basicamente até sei o que sentes, consigo sentir as tuas emoções e é isso que importa, se queres que te diga, desde o dia em que o lobo tem a impressão, o que ele quer já não importa, o que importa é o que a impressão quer. Entendes-te? – eu ainda o olhava espantada, então ele nunca esteve com aquela cadela?
Ele apenas quer o que eu quero?
Afinal sempre tinha o meu príncipe encantado, sempre tinha o homem da minha vida, que pelo que percebi daria a sua vida pela minha.
Abracei-o fortemente e ele retribuiu, beijando-me os cabelos e alisando as minhas costas.
- Jake eu preciso de pensar. Desculpa, mas eu preciso de estar sozinha e agora também preciso de falar com outra pessoa. – eu precisava mesmo de falar com a minha mãe, eu tinha que pedir desculpas, mesmo não lhe ter dito nada, eu sinto-me mal por ter pensado mal da minha mãe.
Eu preciso de falar com ela e explicar-lhe que percebo tudo e já não estou chateada com ela, ela precisa de saber que não há problema nenhum, ela tem que saber que estou bem.
- Claro, eu compreendo, precisas de falar com ela. – abracei-o novamente, mas ainda não estava em condições para mais, eu ainda estava ressentida com a situação, magoada já não, mas ainda sentia a dor que tive no dia anterior e era isso que iria superar nesta noite. – Mas amanha não te livras de mim. – olhei para ele e ri-mos em simultâneo.
- Boa noite Jake. – levei-o até a porta e ele despediu-se de mim, e vi-o a entrar na floresta, certamente para se transformar.
Entrei em casa e os meus pais estavam abraçados, a minha mãe estava com a cara no braço do meu pai, com os olhos fechados e sem olhar para nada.
O meu pai fazia um leve sorriso e acenou-me positivamente.
Era agora que tinha que conversar com a minha mãe.
Eu conseguia perceber, pela sua expressão, que era de agonia e sofrimento, que ela não estava bem, por isso eu precisava mesmo de falar com ela.
- Mãe! – chamei-a cautelosamente, ela sobressaltou-se e olhou para mim. – Podemos falar no meu quarto?
- Claro, filha, claro. – ela disse mas estava receosa, parecia até com um pouco de medo, penso que ela não sabia o que eu queria, a minha mãe não devia saber eu não estava chateada.
Entramos no meu quarto e sentei-me na cama e a ela dirigiu-se á janela e olhou para o céu estrelado e notei que ela não iria começar.
- Mãe, não precisas de ficar assim, eu não estou zangada ou triste. – a minha mãe olhou para mim, sorriu e começou a andar na minha direcção, deixando o parapeito da janela para se sentar ao meu lado na minha cama.
- Renesmee, eu quando te vi naquele estado fiquei aterrorizada, principalmente sabendo que estavas assim por minha causa. Quando o teu pai ontem disse o que tu sabias eu senti-me destroçada por dentro, eu não podia acreditar que estavas assim por minha causa e …
- Mãe, esquece, eu já sei de tudo e compreendo e principalmente eu ainda não era nascida. Eu quando soube da história eu senti-me traída, apenas porque queria que fosses tu ou o Jake a contarem-me tudo, eu acho que tinha o direito de saber o passado da pessoa que eu quero passar o resto da minha vida, e tu mãe…tu que me apoiaste sempre, eu pensei que me contavas tudo, por isso fiquei zangada.
- Desculpa filha. – pediu-me abaixando a cabeça.
- Não há nada a desculpar, já passou, eu já sei a história toda e não quero falar mais nesse assunto. – abracei a minha mãe e ela retribuiu. – Mãe eu adoro-vos e não suportaria ficar zangada com nenhum de vocês. – ficamos assim durante algum tempo e depois fomos para a casa dos meus avós, onde passei o resto do dia.
Após jantar, organizei a mala para o próximo dia e meti os trabalhos de casa em ordem, pois ontem não consegui fazer nada.
Eram cerca de 23:20h, quando terminei tudo e deitei-me.
Hoje iria dormir bem, finalmente estava tudo resolvido, e afinal não era mais nada do que mais umas infantilidades da cadela da Leah.
Ela teria que ter uma boa vingança, ainda não sabia o que ia fazer, mas ela não poderia ficar impune ao que me fez.
Ao pensar novamente nas suas palavras, foquei bem o último parte, a parte em que ela me tinha dito que tinha dormido com o meu Jake.
Ontem eu não pensava muito nisso, pois a verdade é que o Jacob é Homem, e pronto, sabem como é que os homens são, certo?
Mas um pensamento veio-me á cabeça, um pensamento do Jacob agarrado á Leah.
URHH, que horror, eu nem poderia pensar naquela cadela a tocar no Jake, nunca, ela nunca iria tocar nele, até eu for viva, nunca mais deixarei que nada se meta entre nós, a partir de agora vai ser só Jake e Ness …… Ness e Jake.
Adormeci com os pensamentos de o Jacob a beijar-me, hoje de manha, não sei porquê, mas ainda não conseguia, não sei porquê ao certo, que estúpida que sou, naquele momento só desejava aqueles lábios quentes e carnudos nos meus, aqueles braços fortes ao meu redor…

Trimm Trimm
Fodas-se, mas a merda do despertador não desliga?
Tapei os ouvidos com a almofada, mas era escusado, então mandei o despertador para o chão e ao cair desligou-se e voltei a adormecer com os sonhos do meu amor.
- Renesmee….Renesmee Cullen…acorda Renesmee…precisas de ir para a aula….vais chegar atrasada querida. – alguém me gritava aos ouvidos, virei-me para a pessoa e assustei-me, ela estava com dois vestidos brilhantes á minha frente.
- Tia, o que é isso?
- Qual é que queres para vestir hoje? – olhei para ela incrédula, como é que a minha tia Alice pensava que eu levar para a escola algum daqueles vestidos?
Um era rosa choque e o outro vermelho vivo, a minha tia tinha-se passado de vez.
Levantei-me da cama e fui tomar banho rápido.
Quando cheguei ao quarto lá estavam os dois vestidos em cima da minha cama, hoje, certamente, nenhum seria usado.
Dirigi-me ao meu roupeiro e tirei de lá umas calças brancas, uma camisola roxa, um casaco preto e as minhas queridas botas pretas.
Após estar vestida a minha querida tia entra-me pelo quarto dentro.
- Nessie? Porque é que estás assim vestida?
- Tia, eu não ia vestir nenhum vestido daqueles, eu não vou a nenhuma festa, eu estou bem assim. – respondi-lhe com um ar confiante.
- Nessie, e é com essas botas velhas e desgastadas que vais andar sempre?
- Ai tia, não comeces, podes me acabar de arranjar? – eu sabia que era o ponto fraco de Alice, mesmo sendo só cara e maquilhagem, ela ia adorar e calava-se com o resto.
Certinho e direitinho, ela correu na minha direcção penteando-me o cabelo, deixando-o solto e bem ondulado.
Na maquilhagem utilizou um pouco de bluss rosa clarinho, uma sombra também rosa clarinho e um gloss brilhante.
Eu estava perfeita.
- Obrigada tia, és a maior. – elogiei-a sabendo que ela iria delirar.
- Eu sei, tenho pena é da roupa, mas … - sai porta fora a dizer adeus á minha querida tia e aos meus pais.
Eu não tinha tempo para comer, mas também para comer aquela comida de humanos, eu dispensava.
Dirigi-me ao meu carro e assim que entrei preguei fundo para a escola, eu já estava mesmo em cima da hora, mas para mim a velocidade não é importante, logo cheguei á escola em menos de 5 minutos, num caminho que se deve fazer em 12 minutos.
Reparei que o parque já estava completamente vazio, presumi que já devia ter tocado.
Comecei a correr em direcção á minha aula de biologia, e bati á porta.
- Peço desculpa pelo atraso, poso entrar professor?
- Menina Renesmee Cullen, não sabe chegar a horas? Vá lá entre e vá se sentar rapidamente. – assenti e fui para o meu lugar ao lado da Mary.
- Bom dia, tudo bem? – perguntei-lhe indiscretamente.
- Bom dia Nessie, sim esta tudo bem, o resto do fim-de-semana como correu? - o que eu lhe ia dizer?
Se dissesse que não, ela iria me perguntar o porquê e o que eu iria responder?
Decidi pela opção mais fácil.
- Sim correu. – respondi rapidamente, percebi que ela me iria perguntar mais alguma coisa, mas alguém tinha acabado de bater na porta da sala e ela não continuou.
- Posso professor? Sou o novo aluno, Alex Morder. – comunicou um rapaz loiro, meio despenteado, ele era alto e com um ar simpático.
- Ah claro. Sim, tinham-me avisado. Entre. – o professor olhou para a sala e reparou que o único lugar vago era a mesa em frente a minha, onde estava sentado um miúdo que nunca falava com ninguém e estava sempre dentro dos livros. – Ali. – o professor apontou para o lugar vago. – Vá-se sentar e tente apanhar a matéria. Se tiver alguma dúvida é só perguntar. – o rapaz dirigiu-se para a mesa em frente á minha.
- Ele é bem giro. – comentou a Mary.
- Mary? Tu tens namorado.
- Sim, e depois? Eu não sou cega. – só ela para dizer uma coisa destas.
- Oi, chamo-me Alex. – disse-nos ao sentar-se na mesa em frente e olhando para trás.
- Olá, chamo-me Mary e esta é a Nessie. – respondeu a Mary.
- Muito prazer. – ele disse sorrindo.
- Ei, tomem atenção á aula, não quero conversa. – gritou o professor.
- Lá fora falamos, eu preciso de ajuda, a escola é gigante. – respondeu piscando-me o olho.
Passado uns minutos a Mary passou-me um bilhete:
“Ele parece interessado. Precisa de saber que tens namorado.”
Olhei para ela e revirei os olhos, e neste instante o meu telemóvel vibrou.
Era uma mensagem do Jake.
“Vou-te buscar para almoçar-mos juntos?”
- Quem é? – a Mary pregou-me um susto que até saltei da cadeira.
- Fogo Mary…
- Vá conta. – que cusca.
- É do Jacob, ele quer ir almoçar comigo. – ela rapidamente respondeu.
- Não, não, não, a semana passada só almoçaste uma vez connosco, por favor Nessie, hoje almoça connosco. Vá lá… - ela fez aquela carinha de carneirinho mal morto.
- Está bem, está bem, agora cala-te antes que o professor nos mande para fora da sala. – disse-lhe e ela acenou afirmativamente.
Respondi á mensagem:
“Desculpa hoje vou almoçar na escola. Vai ter a minha casa quando eu sair da escola. Bjs, amo-te.”
A aula estava a ser uma seca, e quando terminou foi um grande alívio.
Quando estava a sair da sala, alguém me puxa o braço.
- Espera. Nessie, não é? – eu acenei afirmativamente. - Eu preciso de ajuda, a escola é gigante.
- Ah, Alex não é? – ele acenou também afirmativamente. – Eu também entrei este ano, só estou aqui á uma semana, é melhor pedires a outra pessoa. – era verdade, eu ainda nem sabia onde ficava a casa de banho.
- Não acredito que mais alguém queira me ajudar. – fogo, mas porquê é que tinha logo que calhar eu?
- Ok, bem qual vai ser a tua próxima aula? – perguntei-lhe, assim indicava-lhe o caminho e pronto.
- Inglês e a seguir calculo. E as tuas? – óptimo, as mesmas que as minhas, suspirei.
- Também.
- Óptimo. – começamos a andar em direcção á sala, ainda olhei para trás para ver da Mary, mas ela deve ter ido ter com o Daniel, para variar.
- A nossa sala agora é aqui, a sala de calculo é ali. – apontei para a sala em frente. – Não há nada que enganar. – comuniquei-lhe sorrindo.
- Muito obrigada Nessie, se não fosses tu, eu ia andar meio perdido.
- Oh que nada, eu apenas indiquei-te as salas, não fiz nada de especial. – disse afastando-me.
- Nessie espera. – ele agarrou-me a mão e eu virei-me. – Queres almoçar comigo? Sou novo e não conheço ninguém.
- Eu vou almoçar com uns amigos. – respondi-lhe e vi a cara dele a entristecer.
- E és muito bem vindo. – gritou a Mary detrás de nós e ele sorriu.
- A sério? Não há problema? Perguntou ele.
- Claro que não, és bem vindo. – após estas palavras da Mary, fomos para as nossas mesas e mais uma vez ele ficou na mesa em frente a nós.
A aula passou rápido, começamos a ler uns textos do manual e a fizemos sua análise.
A aula seguinte, também passou rápido, cálculo era bem fácil de perceber, decorava-se as fórmulas e aplicávamo-las.
A hora de almoço, como sempre nestas alturas era terrível, a comida humana não me agradava, muito menos comida da cantina da escola, aquilo tinha um aspecto horrível.
Educação física, foi a mesma coisa, exercícios e mais exercícios.
A Betty tentou fazer umas gracinhas contra mim, mas eu não liguei, apenas queria sair dali e ir direito a casa, tomar um bom banho e estar com o Jake.
Ao sair do pavilhão com a Mary fui interrompida pela voz do Alex.
- Nessie, espera. – eu e a Mary paramos e virámos para ele.
- Ei Alex, precisas de mais alguma coisa? – perguntei-lhe.
- Apenas queria agradecer-te mais uma vez. – disse-me.
- Bem, a minha mãe esta ali, vou andando, até amanha. – disse-nos a Mary.
- Até amanha. – disse-mos os dois ao mesmo tempo.
- Alex não me precisas de agradecer, eu sei como é ser o novo na escola, e eu tive a ajuda da Mary que conheci no primeiro dia de aulas, então, eu achei que também precisavas que alguém te orienta-se.
- Mas mesmo assim, obrigada Nessie, tu e os teus amigos foram impecáveis. Olha preciso de te compensar. Sei lá, queres ir lanchar? – ele estava a convidar-me para sair?
- Desculpa Alex, hoje não dá, mas esquece isso, não foi nada de mais. Agora tenho que ir embora. Até amanha.
- Até amanhã Nessie, e mais uma vez, obrigada.
Dirigi-me ao meu carro e fui em direcção a minha casa.
A estrada estava vazia, não se via nem um carro, então cheguei rápido e ao estacionar o carro na garagem, senti um aroma maravilhoso, o aroma mais doce de todos.
Corri para dentro de casa e lá estava ele sentado no sofá da sala agarrado á TV a ver um jogo qualquer.
Ele virou-se na minha direcção e sorriu, corri na sua direcção e atirei-me para cima dele e beijei-o.
As minhas mãos estavam na sua nuca, a puxar os cabelos curtos e grossos, as suas mãos estavam na minha cintura e os nossos lábios mexiam-se numa sincronia fabulosa, entre eles as nossas línguas percorriam a boca de cada um como se fosse a última vez, estava-mos ofegantes quando ele se afastou.
- Estava cheio de saudades tuas Nessie. – ele disse-me acariciando-me a face.
- Eu também Jake, nem sabes o quanto. Eu amo-te e não suportaria ficar longe de ti, estes dias foram um inferno. – abaixei a cabeça e encostei-me ao seu tronco, e ele começou a mexer no meu cabelo.
- Também te amo Nessie, e muito, tu sabes isso, e estes também foram um inferno para mim, só de pensar que estavas a sofrer por minha causa, eu…eu… - meti-lhe o dedo á frente da boca.
- Shiu…já passou, não quero mais me lembrar disso, agora o que importa somos nós e nada nem ninguém nos vais separar. – ficamos ali abraçados por um tempo indeterminado, até que reparei que faltava ali pessoas naquele quadro.
- Jake, onde estão os meus pais? Os meus avós e tios?
- Eles foram caçar, eles disseram que não demoravam. – sentei ao lado dele e encostei-me ao seu obro, e o braço dele rodou pela minha cintura, mudámos para um filme e quase estava a adormecer se não fosse a minha querida família a entrarem nesse preciso momento.
A minha avó fez o jantar para mim e para o Jake e jantámos, depois disso ele teve que ir embora, pela minha infelicidade, mas antes disse-me.
- Amanhã vou-te buscar para almoçar-mos. E não quero ouvir resmunguices. – sorri e acenei afirmativamente, e ele lá se foi.
Eu e os meus pais fomos para a nossa casinha e estava tão cansada que adormeci rapidamente a sonhar com o meu lobinho, o meu amor.

Anexos:

Roupa que a Nessie usou no dia de aulas neste capítulo:

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