09/04/2010

Vida Eterna - 10º Capítulo

Mais um capítulo da minha fanfic:

10º Capítulo

1ª Parte – Versão da Nessie

- Mas que verdade Leah? Do que é que estás para aí a falar? – perguntei-lhe.
- Sempre não sabes, claro que ele não te ia contar, é demasiado medroso para isso, ele deve pensar que não valia a pena saberes, que é passado e …
- Chega, fala de uma vez Leah. – pedi-lhe.
- Ok, ok, eu vou te contar a história toda. Há uns anos, quando a Bella e o Edward começaram a namorar, o teu pai deixou-lhe e foi-se embora, a tua mãe ficou muito triste e entrou depressão, mas depois o Jacob apareceu na vida dela e eles ficaram muito próximos, mas já desde miúdos que o Jake gostava da tua mãe e ficaram mais próximos. – o quê? O Jacob foi apaixonado pela minha mãe? Não isto só pode ser uma brincadeira. – Mas entretanto o teu pai voltou e depois casaram-se e o Jacob ficou muito revoltado e quando os teus pais chegaram da lua-de-mel e o Jacob soube que a Bella estava grávida e viu que tu a estavas a matar ficou cheio de raiva de ti e até queria te matar. – ahh? O Jake quis-me me matar?
Eu podia não estar viva neste momento?
- Mas tu nasceste e ele teve a impressão por ti e não te matou, nem sei o que teria acontecido se ele não tivesse tido a impressão. – eu ia cai no chão, apoiando-me pelas mãos.
- Por…porque… - eu mal conseguia falar e apenas gaguejava. – Porque me estás a dizer isto? – perguntei-lhe.
- Porque acho que mereces saber tudo.
- Mas…o Jake..ele….
- Sim, é verdade, mas digo-te mais és uma rapariga de sorte. Ele é mesmo quente. – ela estava encostada a uma árvore e olhava para o céu e suspirava. – As noites que passámos juntos foram maravilhosas. – naquele momento os meus braços fraquejaram e fui com a cabeça ao chão, parecia que me tinham acertado com um punhal no coração, eu estava completamente destroçada, só de pensar o Jacob com aquela cadela, eu estava em estado de choque, olhei para ela e estava a rir-se, como é que conseguia achar graça ao sofrimento dos outros?
- Mas querida, tu eras pequena, o que querias que ele fizesse? Tu aceitas não é? Afinal tu eras uma pequena criança, e ele…bem…já era um Homem. – não lhe consegui responder, só queria sair dali.
Entrei no carro e fui em direcção á casa da Emily, quando cheguei não me apeteceu entrar e falar com ninguém, simplesmente sentei-me nos degraus da porta, rezando para que ela não saísse de casa.
Como é que o Jake me pode esconder uma coisa destas?
Como é que o Jake me pode fazer uma coisa destas?
E a minha mãe?
Como é que ela me pode fazer uma coisa destas?
Eu estava completamente zangada com os dois, mas por incrível que pareça não senti vontade de chorar, nem de gritar, nem nada, apenas que tudo não passasse de um pesadelo e tivesse adormecido na praia e quando acordasse visse os grandes olhos escuros do Jake a acordar-me e os seus lábios a prenunciarem que tinha sido apenas um pesadelo.
Mas não era, era tudo verdade.
Foquei-me numa parte da conversa, na parte em que a Leah me disse que dormia com ele quando era mais nova e nesta parte eu não podia ficar chateada com ele, ele é homem, eu era apenas uma pequena criança, o que é que eu queria que ele fizesse?
Que esperasse anos e anos por mim?
Claro que não.
Nesse aspecto não podia dizer nada, ele apenas estava a fazer o certo para ele, mas claro que magoava saber que ele pertenceu a outra, mas não podia pensar nisso, pois naquela altura ele era adulto e eu uma simples criancinha.
Mas a parte que ele tinha sido apaixonado pela minha mãe, acho que deveria ter sabido.
Afinal era a minha mãe, a minha própria mãe.
E saber que neste momento podia estar morte….nem queria pensar nisso, era demasiado horrível para pensar nisso.
Tinha a cabeça no meio das pernas que nem dei pelo tempo passar, podia ter passado segundos, minutos ou horas que não dei conta.
Quando ouvi uma voz que bem conhecia, e se fosse á um tempo atrás, eu adoraria e ficava felicíssima, mas naquele momento só me apetecia estrangula-lo, mas não!
Acalma-te Renesmee.
- Olá amor, desculpa, mas o rapaz não conseguia transformar-se. – ele estava a vir em minha direcção, mas não conseguia suportar aquelas mãos em cima de mim, por isso segui para o carro, entrei no banco ao lado do condutor e ele estranhou mas também entrou dentro do carro, quando me ia ia-me beijar e eu simplesmente encolhi-me no banco e pedi-lhe para me levar a casa.
- O que se passa Nessie? – ele ainda tinha a coragem de me perguntar o que se passava?
- Nada, simplesmente quero ir para casa. – respondi-lhe.
Ele ficou com uma cara chocada e estupefacta, mas não disse nada e começou a conduzir o carro em direcção á minha casa.
- Nessie, fala comigo, o que é que se passa? – simplesmente não lhe respondi.
Quando chegámos sai do carro a correr e fui a correr em direcção á minha casa, só queria entrar no meu quarto e ficar sozinha.
Durante o pequeno percurso ouvi o Jake atrás de mim e a chamar-me, mas não liguei.
Entrei em casa a correr e os meus pais nem tiveram tempo de falarem comigo.
- Olá Ness….
“Pai manda o Jacob embora e diz-lhe que não o quero ver mais na minha vida e não quero ser incomodada.” – pedi ao meu pai em pensamento.
Entrei no quarto e deitei-me na minha cama exactamente no momento em que começaram a escorrer lágrimas pela minha face e lembrei-me de toda a conversa que tinha tido com a Leah.
Mas os berros na sala não me faziam conseguir concentrar na tristeza e só conseguia ouvir a voz do Jake e do meu pai a gritar com ele.
- O que é que tu fizeste com a minha filha cachorro?
- Eu? Edward não sei do que é que estas a falar. Ela já estava assim quando a fui buscar á casa da Emily. Edward pára eu não fiz nada. Mas eu gostava de saber o que é que a Nessie tem.
Ouve-se um silêncio na sala e passado um tempo o meu pai voltou a falar.
- A Renesmee sabe da tua paixoneta pela Bella.
- O QUÊ? - o Jacob gritou. – Quem lhe contou?
- A Leah. – respondeu o meu pai.
- EU VOU MATAR AQUELA CADELA, ELA NÃO TINHA NADA QUE ABRIR A BOCA.
- Jacob não é só isso que ela sabe.
- O que é que aquela cadela lhe disse mais?
- A Leah disse-lhe que antes de teres a impressão por ela a querias matar, ela pensa que podia não estar viva neste momento se não fosse a impressão. – o meu pai estava a contar tudo o que eu sabia, que raiva….
- EU VOU MATAR AQUELA CADELA, ELA NÃO SABE FICAR DE BOCA CALADA?
- Jacob, ainda não acabou. – ouve-se um silêncio na sala. – A Leah disse-lhe que dormias com ela quando a Nessie era pequena e agora ela não acredita que a amas de verdade.
- O QUÊ? Ai que eu vou matar aquela mentirosa. Eu nunca dormi com ela. – gritava o Jacob. - Há uns anos atrás ela só chorava e chorava por causa do Sam e ia para minha casa e adormecia lá, mas apenas a ajudava e falava com ela, tu sabes Edward, por favor fala com a Nessie.
- Jacob, mas a Nessie não esta chateada contigo por achar que dormias com a Leah, ela acha que era normal, afinal eras Homem, e ela uma criança…
- Mas não é verdade…..nunca na minha vida dormi com a Leah.
- Pronto, mas tens que te preocupar é que ela não perdoa que lhe tenham contado sobre os teus sentimentos passados pela Bella.
“Pai cala-te por favor! Não quero saber de nada, sai da minha cabeça.”
Como é que o meu pai podia estar a fazer uma coisa destas, hoje só queria dormir.
Mas os barulhos na sala eram impossíveis de não se ouvir, então o Jacob que gritava com um maluco.
- Mas isso foi no passado Edward e o que eu sentia pela Bella nem era metade pelo que sinto por pela Nessie, a Bella era como se tivesse uma parte da Nessie nela, afinal a Nessie é filha dela, e eu apaixonei-me por essa parte, mas quando a vi pela primeira vez isso tudo mudou eu finalmente percebi o significado da vida e … Edward preciso de falar com a Nessie.
- Hoje não, amanhã se ela estiver em condições vocês falam. Vai te embora Jacob, deixa a minha filha pensar e reflectir. Amanhã falam.
Não sei se é verdade ou não mas eu estava demasiado cansada e magoada para aceitar seja lá o que for hoje, agora só queria dormir e esquecer tudo, ou pelo menos tentar.
- NÃO! NÃO! NÃO VOU SAIR DAQUI SEM FALAR COM A RENESMEE. – tapei os ouvidos com a almofada, mas isto de ter ouvidos super dotados de vampiro, ás vezes tem os seus inconvenientes, pois quando não queres ouvir alguma coisa, simplesmente não consegues tapar os ouvidos.
Não sei o que se tinha passado na sala, mas de um momento para o outro um silêncio pairou sobre a sala e não ouvia nada.
Passei a noite toda pensar no dia de hoje.
Hoje tinha sido um dos meus melhores e piores dias da minha vida.
Este tipo de dias estavam a ser uma constante esta semana.
Primeiro o dia em que começo a namorar com o Jacob, aquele pensamento fez com que mais lágrimas escorressem pela minha face, zanguei-me com o meu pai, e durante quase uma semana não falei com ele.
Hoje, pode-se dizer que tinha sido o primeiro encontro oficial desde que namorávamos e que tinha sido maravilhoso, mas a tarde mostrou-se simplesmente aterradora.
Não sabia o que fazer, não sabia se devia falar, se devia perdoar, se devia tentar confirmar, não sabia se devia esquecer, e agora…esquecer a conversa ou o Jacob Black?
Adormeci entre as lágrimas e os pensamentos de nunca mais querer ver o Jacob, um Jacob que pensei um dia vir a viver, um Jacob que pensei um dia a passar a minha eternidade, um Jacob que pensei um dia que me amava tal e qual como eu o amava, um Jacob que eu via todos os dias e pensava que o conhecia.
Mas nunca conhecemos as pessoas verdadeiramente, elas num momento podem parecer uma coisa e noutro momento mostrar-nos o seu verdadeiro lado que pode não ser o melhor e a partir daí conhecemo-la verdadeiramente.
E eu ainda só tinha conhecido um lado do Jacob, aquele lado que eu queria ver, aquele lado que pensei que fosse o todo e não apenas metade dele, o lado que ele me mostrava para me agradar, o lado bom dele.


2ª Parte – Versão do Jacob

- Jake! – ouvi uns gritos ao longe, mas quem é que estava a estragar aquele momento?
Aquele momento maravilhoso que eu ainda nem acreditava ser possível.
O momento em que apenas existia eu e ela, ela a minha menina, a minha Nessie, a minha vida, a minha impressão.
Percebi pela voz que só podia ser o Sam, então afastei-me dela e ele já lá estava junto a nós.
- Jake, desculpem, mas precisamos de ti. – levantámo-nos. – Olá Nessie. – cumprimentou-lhe.
Já há muito tempo que o Sam lidava bem com a Nessie, também, quem é que não se dava bem com aquela criatura maravilhosa?
- Olá Sam, mas o que se passa? – perguntou-lhe a Nessie, o que me fez voltar á realidade.
- Nada de grave, apenas mais um miúdo se transformou e este tem apenas 12 anos e ainda nem tem um corpo como os outros lobos tinham, ou seja, já adulto, ele é apenas uma criança, Jake por isso precisamos de ti, como Alfa és o único que o pode acalmar, o puto esta super assustado, coitado. – espera, rebobinem…um rapaz de 12 anos apanhou o gene de lobo e já se transformou? Eu estava completamente em choque, mas consegui falar.
- Mas Sam, estou com a Nessie.
- Jake ela pode ir para casa da Emily um pouco, também penso que seja rápido, basta tentares que ele volte á forma humana que depois nós tratamos do resto. – respondeu-me, sim rápido, basta que volte á forma humana, como se isso fosse assim tão fácil.
- Vá Jake vai lá, eu vou até a casa da Emily, não te preocupes, eu sei o caminho, vai. – disse-me a minha Nessie dando-me um empurrão que me vez acordar do transe que ainda estava pela noticia.
- Ok, mas eu não demoro, desculpa. – respondi-lhe e mandei-lhe as chaves do meu carro, ela tinha que ir para a casa da Emily de alguma forma.
Despedi-me dela e comecei a correr em direcção á floresta com o Sam ao meu lado.
Após nos transformarmo-nos ouvi uns gritos de alguém, que supus ser do tal rapaz.
“Qual o nome dela Sam?” – perguntei-lhe em pensamento.
“Brad”
“Ok. Brad, acalma-te.”
“O QUE É QUE SE PASSA? O QUE ME ACONTECEU. AJUDEM-ME” – pensou o miúdo completamente aflito.
“Acalma-te miúdo. Chamo-me Jacob e este é o Sam.”
“Jacob? Jacob Black?”
“Sim. Olha o que é que sabes sobre as nossas lendas?”
“O normal, que protegemos a população e tal….mas o que isso importa? Eu quero voltar ao normal. Onde é que vocês estão?”
Eu consegui sentir onde ele estava, estava na grande clareira onde tinha sido a guerra com os Volturi, mas neste momento não podia pensar nisso.
“Espera estamos a chegar Brad.”
Passado nem um minuto, já estávamos em frente dele.
Ele olhava para mim e para o Sam com um ar assustado.
“O que vocês são?”
“Neste momento o mesmo que tu, somos lobos Brad. Mas agora acalma-te.” Aquele sinal fez com que ele baixasse o focinho e curvasse perante mim, ai como eu detestava aquilo.
“Para Brad, mete-te direito.”
“Desculpa, não sei o que me deu.”
“Ele é o Alva miúdo, por tanto todas as ordens tens que obedecer” – disse o Sam.
“Vá, vamos lá ao que interessa, tenta acalmar-te, que assim que conseguires voltar á face humana conversamos”
Ele conseguiu acalmar-se e estava a respirar bem devagar.
“Agora pensa em ti como humano, pensa a andar com duas pernas e isso assim, pensa como um humano”
Após alguns tentativas falhadas, ele lá conseguiu e estava humano novamente, incluindo eu e o Sam.
- Jake se quiseres podes ir levar a Nessie a casa, depois voltas, eu e o restou do pessoal começamos a explicar-lhe as coisas.
- A sério Sam? Não te importas?
- Claro que não. Vai, mas depois volta, precisamos de ti aqui.
Despedi-me dele e do novo membro do grupo.
Desde á quatro anos que nos juntámos, basicamente era o Sam que liderava tudo e eu estava sempre de acordo pois discutíamos tudo antes de falar com o resto da alcateia, era como se fossemos os dois a mandar, mas quando a voz tinha que falar mais alto, como era o caso de hoje, era eu que liderava e tentava fazer o meu melhor, mas eu não era bom nisto, eu tentava fazer o meu melhor e o Sam até me ajudava.
A nossa amizade era maior por isso desistimos daquela coisa de duas alcateias, não era bom para nenhuma delas e era mais fácil assim.
Por vezes, sentia que estava a ser injusto para o Sam, pois ele não mandava completamente, mas era o que trabalhava mais, e sentia que era eu que tinha que fazer aquilo, mas o Sam dizia sempre que não fazia mal e eu deixava-o fazer, mas sentia-me mal.
Quando cheguei á casa da Emily via sentada á porta, com a cabeça entre as pernas.
- Olá amor, desculpa, mas o rapaz não conseguia transformar-se. – disse-lhe amavelmente, dirigindo-me a ela.
Quando ela olhou para mim, dirigiu-se ao carro e entrou e ficou sentada a olhar o vazio, mas o que se passava com ela?
Será que aconteceu alguma coisa em casa da Emily?
Entrei no carro e quando ia lhe beijar ela encolheu-se no banco como se eu fosse um leproso.
- O que se passa Nessie? – perguntei-lhe com uma cara estupefacta e sem entender nada.
- Nada, simplesmente quero ir para casa. – respondeu-me sem olhar para mim.
Eu estava completamente chocado com a reacção dela.
Mas será que foi alguma coisa que eu lhe fiz?
Comecei a andar com o carro, mas aquele silencio estava a matar-me.
Eu tinha que saber o que se estava a passar naquela cabecinha.
Eu tinha que saber o porque de ela estar a reagir daquela forma.
- Nessie, fala comigo, o que é que se passa? – perguntei-lhe na esperança de ouvir algo a sair da sua boca, mas nada saiu e ela continuava a olhar para o infinito.
Quando chegámos a casa dos Cullen, ela saiu disparada do carro e dirigiu-se em direcção ao riu, certamente para ir para a sua casa.
Corri atrás dela, e se tivesse sorte e o leitor de mentes estivesse em casa, podia ser que me explicasse o porquê de a Nessie estar daquela forma.
Quando entrei dentro de casa da Bella e do Edward, ouvi a porta do quarto da Nessie a bater com muita força e a cara de espanto da Bella e do Edward.
Mas passado uns breves segundos a cara do Edward passou para irritada, levantando-se rapidamente do sofá e encostou-me á parede.
- O que é que tu fizeste com a minha filha cachorro? – perguntou-me.
- Eu? Edward não sei do que é que estas a falar. Ela já estava assim quando a fui buscar á casa da Emily. Edward pára eu não fiz nada. Mas eu gostava de saber o que é que a Nessie tem. – respondi-lhe da forma mais calma e convincente que consegui, afinal ele lê mentes logo ele sabia que eu não tinha feito nada para a Nessie ficar assim, ou fiz?
Mas, de repente ele larga-me e suspira.
Foi nesse momento que o meu mundo desabou, o momento em que o Edward disse tudo o que a Nessie sabia, tudo o que aquela cadela da Leah lhe tinha contado.
Eu ia matar aquela cadela, não me importava de ela ser mulher ou mesmo ser da mesma alcateia, ela não tinha o direito de ter contado aquilo á Nessie, não tinha.
E quando a última noticia que a Leah contou a Nessie me soou nos ouvidos, quando o Edward disse aquelas palavras foi ai que eu sabia que aquela cadela estava morta naquele segundo.
A de eu ter sido apaixonado pela Bella, era verdade, não era o mesmo tipo de amor que sinto pela Nessie, nem tem comparação, mas sim é verdade.
A segunda, de eu querer matá-la quando a Nessie nasceu, infelizmente também é verdade, naquele momento só pensava na Bella, mas a verdadeira culpa não era da Nessie.
Estas duas informações que a Nessie sabia, infelizmente era verdade e ela poderia um dia me perdoar, caso conseguisse, mas agora a terceira notícia, ou melhor mentira, não era verdade, logo ela não poderia aceitar, nem acreditar nela.
A Nessie não poderia perdoar uma coisa que não aconteceu, eu nunca dormi com a Leah, pelo menos não desse jeito que ela pensava, a verdade é que eu nunca tinha dormido com nenhuma mulher, então, quando era mais novo nunca tive uma namorada, depois apaixonei-me pela Bella, mas ela dizia apenas que gostava de mim como amigo, e escolheu o vampiro a mim, depois quando a Nessie nasceu, a minha vida dependia dela, a Nessie era a minha vida, era tudo para mim, e nunca mais consegui olhar para outra mulher com olhos de desejo.
Durante os primeiros anos, que ainda tinha apenas a minha alcateia, a Leah estava cada vez mais triste, ela via quase todo os lobos a terem a impressão natural e ela ficava cada vez mais em baixo por se lembrar o que aconteceu entre o Sam e a sua prima, então ela ia para minha casa e desabafava e falava e eu sentia-me triste por ela e ajudava-a, fazendo com que muitas vezes ela adormecesse no sofá da minha casa, mas nada de mais.
Mas numa noite, a Leah quis mais do que uma simples amizade, ela quis mais do uma conversa, a partir desse dia nunca mais voltei a ter a mesma a vontade com ela, nunca mais consegui ter a mesma atitude de amigo que tinha, pois ela cria mais do que eu podia lhe dar.
Eu naquela sala só gritava e as lágrimas começaram a escorrer-me pela face.
Quando o Edward disse que a Renesmee estava triste era porque não aceita que não lhe tenhamos contado sobre a minha paixoneta pela Bella eu passei-me.
- Mas isso foi no passado Edward e o que eu sentia pela Bella nem era metade pelo que sinto por pela Nessie, a Bella era como se tivesse uma parte da Nessie nela, afinal a Nessie é filha dela, e eu apaixonei-me por essa parte, mas quando a vi pela primeira vez isso tudo mudou eu finalmente percebi o significado da vida e – olhei para a Bella, que estava não conseguia falar, estava completamente imóvel como uma estátua, sem nenhuma reacção. - Edward preciso de falar com a Nessie. – disse ao leitor de mentes.
- Hoje não, amanhã se ela estiver em condições vocês falam. Vai te embora Jacob, deixa a minha filha pensar e reflectir. Amanhã falam. – o quê? Ele queria que a deixasse a sofrer?
- NÃO! NÃO! NÃO VOU SAIR DAQUI SEM FALAR COM A RENESMEE. – mas depois uma imagem me passou pela cabeça, a imagem da Leah toda contente, ela não podia ficar a rir-se.
Ela não pode ter dito aquilo á minha Nessie e depois não levar com as consequências.
- Esta bem, amanha eu venho.
Sai porta fora em direcção ao meu carro, saltei o riu, e meti-me á estrada em direcção a La Push.
Estava a andar o mais depressa que conseguia, mas infelizmente a um sábado á tarde não os condutores de Forks andavam demasiado devagar para o meu gosto.
Quando cheguei a La Push preguei fundo em direcção a casa do Seth e da Leah, pois tinha umas coisinha a ajustar com aquela cadela.
Estacionei o carro a porta e sai a correr em direcção á casa deles.
Bati á porta: uma, duas, três, quatro vezes, e ouvi um grito de dentro.
- Já vai. – respondeu uma voz que rapidamente reconheci e que abriu a porta meio segundo depois.
- Oi Seth, a cadela da tua irmã? – perguntei-lhe já a entrar para dentro de casa, sem me importar de não ser convidado.
- Ei Jake, o que se passa?
- QUERO FALAR CO A TUA IRMÃ JÁ. – gritei.
- Ei, porque estão aos gritos? – perguntou uma voz esganiçada que só me apetecia partir para cima dela.
- LEAH, JÁ LÁ PARA FORA, AGORA, PRECISAMOS DE FALAR!
- Ei Jake acalma-te, eu agora não posso estou…
- AGORA! – agarrei-lhe pelo braço e arrastei-a para a rua, com o Seth atrás de nós em estado de pânico.
- Para, Jacob, para, estás-me a magoar. O que é que se passa? – ela só podia estar a brincar, ainda pergunta?
- Porque é que foste dizer aquilo á Nessie? Ela não precisava de saber daquela maneira. E pior, que ideia foi aquela de mentires sobre dormirmos juntos? Tu, tu…
- Só te fiz um favor…
- O que? Mentir a ela? E fazer com que me afastasse dela?
- Eu disse-te, eu avisei-te….
- Leah….eu…eu… - e naquele preciso momento transformei-me, sem pensar em mais nada.
A Leah fez o mesmo e ataquei-a, mas ela conseguiu desviar e começou a correr pela floresta dentro.
“Eu devia te matar…sua…sua…”
“Não me arrependo de nada, e se me apanhares, talvez, mas talvez, consigas fazer qualquer coisa.”
Ela podia ser a que mais velocidade conseguia atingir, mas quando uma pessoa esta zangada, enfurecida, transtornada, magoada, desnorteada, quando se está prestes a perder a pessoa que mais se ama neste mundo, nada importa e conseguimos fazer loucuras que antes nunca conseguiríamos.
E então, consegui a alcançar, mordi-lhe a pata traseira e ela caiu ao chão, imobilizei-lhe a pata da frente e … ouvi um pedido, um pedido do meu amigo, de um dos meus melhores amigos.
“Por favor Jake não…eu sei que ela é uma cabra, mas é minha irmã, pensa na Sue, a minha mãe iria ficar de rastos….por favor Jake, não faças isso, por mim, pela minha mãe…” – a voz do Seth na minha cabeça, estava a matutar-me a mil á horas, eu não podia matar a Leah, primeiro ela era mulher, depois tinha o Seth e a Sue, que não tinham nada a ver com os problemas da Leah, mas que infelizmente gostavam dela.
Afastei-me dela e comecei a correr em direcção ao meio da floresta, sem pensar num destino ou em qualquer outra coisa que não fosse ver a minha menina feliz e contente de novo.
Eu iria voltar a conseguir meter aquele sorriso que tanto amava naquela carinha linda, na carinha mais linda que alguma vez vi.
Ela tinha que ser feliz, pois se a Nessie estava infeliz eu também estava e eu não conseguia ver a minha menina a chorar ou a pensar que alguma vez não a amei.
Desde o primeiro dia que a vi que ela é tudo para mim, sem ela a minha vida não faz sentido.
Pergunto-me onde estaria agora caso ela não existisse, onde estaria agora?
Será que já estaria morto?
Será que estaria a viver normalmente ou ainda continuaria a viver como lobo?
Nenhum destes pensamentos eram importantes agora, agora tinha que ir resolver a minha vida presente, tenho que ir fazer com que ela volte a rir e a ser feliz como antes.
Foi nesse momento que tive uma ideia, virei em direcção ao que o meu coração dizia, sem pensar nos problemas dessa escolha.

3ª Parte – Versão da Nessie

Acordei com o sol a bater na minha cara, olhei para mim, e estava na minha cama, com o meu pijama, enrolada nos meus lençóis.
Quando senti uma pontada forte do meu coração, veio-me á memória o dia anterior.
A conversa com a Leah, a descoberta de coisas que nunca pensei ser possível.
Lágrimas começaram a escorrer-me pela cara, levantei-me, vesti o robe e sai do quarto em direcção á casa de banho.
Demorei um pouco mais do que o habitual, lavei bem a cara e fiquei a olhar-me ao espelho.
“Ele não te merece Renesmee!” – pensei para mim própria.
Mas e a minha mãe?
O que vou fazer?
Sai da casa de banho, e estava a entrar no quarto quando um aroma familiar me veio.
Se fosse á dois dias, pensaria que era o melhor aroma de todos, mas naquele momento não.
Quando me virei os nossos olhos prenderam-se por um tempo, que não sei explicar se foram segundos ou minutos, mas consegui esquecer tudo e todos, esqueci-me do que estava ali a fazer, esqueci-me do dia anterior, naquele momento éramos só eu e ele, quando os seus lábios se mexeram, veio-me tudo á memória e vacilei, tendo-me segurar na porta do meu quarto para não cair.
- Precisamos de falar Nessie.

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