03/03/2010

Vida Eterna - 4º Capítulo

Olá!

4º Capítulo

Versão da Nessie

Ouvi um rugido forte vindo do meu pai e apercebi-me que algo tinha acontecido … ou vinha para acontecer.
- Jacob Black: RUA! – Gritou o meu pai para o Jacob.
Mas porquê é que o meu pai estava a mandá-lo para a rua?
O que é que o Jacob fez?
Ou pensou?
Não!
A festa é minha e ninguém a vai estragar!
Corri para o meu pai que já estava em frente ao Jacob a rosnar e meti-me entre os dois.
- Pai, NÃO! O Jake fica. Não sei o que é que ele fez ou pensou, mas a festa é minha e ele fica.
O meu pai continuava a rosnar e não parava de tremer.
- Amor acalma-te! – Disse a minha mãe para o meu pai.
- Jacob: para com esses pensamentos!
Mas o que será que o Jacob pensou?
Já estava nervosa e irritada.
O que é que o Jake pensou para irritar o meu pai desta maneira?
O meu pai olhou para mim e respondeu ao meu pensamento de uma forma fria e insensível.
- Não interessa Renesmee!
- Pai? – comecei a choramingar.
- Edward? – repreendeu a minha mãe.
- Olá! Perdi alguma coisa?
Ouvi uma voz suave e minha conhecida.
- Agora não Seth! – Respondeu o Jacob. – É melhor eu ir para casa. Adeus.
O quê? O Jake ir embora? Não, não pode ser!
- Jake espera. Não! Não vás embora, por favor!
Corri para ele e segurei-lhe o braço.
Ele olhou para mim com uns olhinhos de carneirinho mal morto, ou lobinho mal morto.
- Nessie, o teu pai está muito nervoso, amanhã falamos. Ah! É verdade: Parabéns fofinha!
Ele abraçou-me e deu-me um beijo na cara rápido, demasiado rápido para o meu gosto.
Ouvi um rosnar de dentro de casa, o meu pai claro!
Renesmee para de pensar nestas coisas.
-Obrigada Jake. – respondi-lhe
- Vá linda, amanhã vê-mos. – largou-me e ainda o vi a entrar na floresta.
Voltei a ir para dentro de casa.
Quando cheguei senti um abraço forte e quente, muito idêntico ao do Jake.
- Parabéns piolho! – O Seth é sempre um querido! Eu adoro-o.
- Olha tenho um presente para ti. Sei que não é nada de especial, mas sei que gostas e que por acaso, ainda não tens, nem sei como, mas pronto, aqui tens! – Ele entregou-me um presente fino e tipo um quadrado, com um embrulho cor de rosa.
- Oh Seth! Não era preciso. Sabes bem que eu não ligo a prendas.
- Piolha, cala-te e abre. – ele sorriu para mim e eu abri o pequeno embrulho.
Era o novo CD dos Paramore, uma das minhas bandas favoritas.
- Oh obrigada. Eu queria mesmo este CD, mas ainda não tinha tido tempo para o comprar. Obrigada Seth.
- Tive uma pequena ajuda. – ele olhou para a Alice e piscou-lhe o olho.
- Nessie: em falar de presentes, vem cá abrir o resto. – chamou-me a tia Rose.
- Toma Nessie. Esta é minha e do Emmett. – A tia Rose deu-me um embrulho rosa choque com um grande laço prateado.
Eu abri a caixa e vi umas botas pretas com um salto fantástico.
Estava com a boca aberta de tanto espanto, as botas eram.
A minha tia Rose sabia bem o que eu gostava.
- TIA! – gritei. – São lindas! Adorei.
- Eu sabia que ias gostar!
A avó e o avô deram-me uma colecção de livros sobre o século VII, eu adoro ler, principalmente sobre o passado, por isso adorei a prenda.
O resto da festa foi normal.
Canta-mos os parabéns, comemos o bolo, quer dizer, eu e o Seth.
Dancei muito, cantei e até divertir-me com o Seth, mas faltava-me uma pessoa, nunca deixei um segundo de pensar nele, mas amanhã ia falar com ele e isso reconfortava-me.
Eu estava no sofá num dos meus momentos de descanso entre as danças, e a minha mãe tinha-me acabado de chamar.
- Filha, vem cá!
Fui até á garagem onde estava toda a família, o Seth já se tinha ido embora, mas não estava a perceber nada, o que estavam todos a fazer na garagem?
Na garagem?
- Mãe? O que foi?
- Querida, falta dar-te uma prenda. A minha e a do teu pai. Toma.
A minha mãe deu-me uma pequena caixa vermelha e abri-a.
Uma chave prateada.
- Uma chave?
No momento em que perguntei, o meu pai tirou o pano que estava a tapar um carro, que eu nem tinha reparado e vi um Mercedes preto lindo.
- É para ti querida!
Não estava a acreditar!
Este magnifico carro é para mim?
OMG! OMG!
- Mãe, Pai! É lindo. Adorei a prenda.
- Ainda bem querida! Mas temos outra surpresa!
- Outra? – o que podia vir mais?
Após receber um carro como prenda de anos, o que podia vir mais?
- Para a semana que vem vais começar a ir a escola.
O quê?
Ir para a escola?
Mas como?
Já?
- Mas…?!?
- Não fiques assustada, vai correr tudo bem!
Eu estava assustada!
Mesmo…
- Sim…. – disse com uma cara de desespero.
Ir para a escola já para a semana?
Estar com humanos.
Conhecer novas pessoas.
- Isso mesmo filha. Acho que te vai fazer bem conviver com mais pessoas além da família e dos lobos. – respondeu-me o meu pai aos meus pensamentos.
“Sim pai, também acho, mas estou preocupada, não será perigoso?” – perguntei ao meu pai em pensamento enquanto ia para o sofá da sala.
- Perigoso? Tenho a certeza que não filha. Nós todos confiamos em ti. Sabemos que tu és capaz de te controlar bem. Olha quando tu vais aos centros comerciais com as tuas tias, estás rodeada de humanos e nem reparas. – reconfortou-me o meu pai.
O meu pai tem razão.
Quantas vezes eu já fui ás compras e estava rodeada por humanos e nem dava conta.
Simplesmente não pensava neles nessa forma.
A voz da minha mãe interrompeu os meus pensamentos.
- Muito bem, hora da menina Renesmee Cullen ir para a cama. Nessie, vamos para casa? Boa Noite família.
- Claro. Boa noite família!
A minha família também desejou uma boa noite para mim e para os meus pais e dirigi-me com eles para a nossa casinha no meio da floresta do outro lado do pequeno rio.
Quando cheguei ao meu quarto, tirei as sandálias que a minha tia Alice me tinha oferecido, os meus pés doíam-me de tanto dançar em cima de uns saltos daqueles.
Tomei um banho demorado e pensei em todos os acontecimentos do dia de hoje.
Em relação ao Jacob, estava muito intrigada.
O que levou o meu pai a reagir daquela maneira?
E havia a situação da escola.
Só uma pessoa apenas é que me ia compreender e apoiar.
Só uma pessoa é que eu queria falar e dizer todos os meus medos.
Mas essa pessoa não estava neste momento aqui e eu preciso de falar, preciso de tirar todas as minhas dúvidas.
Sai do banheiro, os meus pais já estavam no quarto deles e fazerem sei lá o quê e dispenso saber, então tenho o resto da noite para pensar sem que o bisbilhoteiro do meu pai me chateia.
Durante a noite a minha mãe metia no seu escudo protector e eu podia sonhar livremente e pensar tudo o que eu desejasse.
Eu apenas desejava uma coisa: ver o Jacob.
Precisava de falar com ele.
Precisava de ouvir as suas palavras carinhosas a dizerem que ia correr tudo bem.
Precisava que ele me abraçasse e me desse miminhos como quando era criança.
Lembro-me quando eu adormecia ao colo do Jake, nos seus braços fortes e quentes, onde eu sabia que nada de mal podia acontecer.
Nos braços do Jake eu sabia que estava protegida, eu sabia que estava em segurança.
Eu sabia que o Jacob Black me ia proteger sempre.
Como é que eu sei?
Não faço a mínima ideia, mas tenho essa certeza quando estou com ele.
Portanto, uma coisa eu sabia: tenho que ver o Jake ainda hoje.
O meu pai não estava a ouvir-me, se não já estava aqui no meu quarto a dizer: “Nem penses numa coisa dessas Renesmee”, mas como ele não estava aqui, tenho que aproveitar.
Fui ao roupeiro e tirei umas calças de ganga simples, uma camisola preta, um colete cinzento, um cinto prateado na cintura e calcei uns ténis cinzentos práticos e confortáveis, eu ia correr, por isso nada de saltos, nem nada parecido.
Arranjei rapidamente o cabelo, abri a janela do quarto e saltei.
Eu não acredito no que tinha acabado de fazer.
Tinha acabado de sair de casa a meio da noite sem os meus pais saberem.
Isto não era nada meu.
Eu sempre fui a menina bem comportada, mas o meu pai foi muito bruto quando mandou embora o Jake, portanto precisava de o ver e pedir ajuda para resolver alguns assuntos.
Só o Jake me podia ajudar.
Corri o mais rápido que consegui.
Corri num passo nada humano e até acho que consegui fazer o meu record.
Cheguei a La Push ao fim de 10 minutos.
Abrandei o passo e comecei a andar num passo rápido mas humano.
Cheguei perto da casa dele e vi-o.
Ele estava de costas, mas mesmo assim consegui ver que ele estava apenas com uns calções de fato de treino e tinha o tronco completamente nu.
Uau, ele estava lindo de morrer!
Senti as minhas bochechas a corar.
Renesmee acalma-te é apenas o Jacob.
Só agora é que reparei que ele estava acompanhado com alguns dos outros lobos.
Reconheci o Sam, o Jared e o Paul.
- Ei Jake, olha quem está ali. – Disse o Paul para o Jacob apontando para mim.
- Ei pessoal! Desculpa Jake vir sem avisar, mas preciso mesmo de falar contigo.
- Nessie? Queres conversar? O Edward sabe que estás aqui?
Fiquei corada, completamente corada.
O que ia lhe dizer?
Ia lhe mentir?
Não, não vou mentir, vou dizer a verdade, seja o que tiver que ser.
- Não Jake! O meu pai não sabe que eu estou aqui. Sai pela janela.
- Ui amigo, vais ter problema. Adeus. – O Paul e as suas piadinhas sem graça.
- Boa sorte Jacob. Até amanha – Despediu-se o Jared.
- Até amanha Jacob, adeus Renesmee. – disse o Sam.
O Sam é dos lobos que menos gosta da minha família, mas mesmo assim trata-me da melhor forma por respeito ao Jacob.
- Adeus pessoal! Até amanhã. – Despediu-se o Jake deles.
É agora.
Agora tenho o Jake só para mim, é agora que vou resolver tudo.
Ele olhou para mim e sorriu-me.
OMG que vou desmaiar.
Como é que ainda estou aqui em pé?
Existe algo mais maravilhoso que aquele sorriso lindo?
Eu acho que não, quer dizer tenho a certeza.
Comecei a andar em direcção dele, em direcção ao meu destino que podia muito bem ainda não estar escrito.
Só o tempo pode dizer o que ia acontecer.

Anexos:



Roupa que a Nessie usou para ir á casa do Jake:


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