Título: Fangirl
Autor: Rainbow Rowell
Chancela: Chá das Cinco
Editor: Saída de Emergência
Data 1ª Edição: 23/10/2015
ISBN: 9789897102097
Nº de Páginas: 448
Dimensões: [160x230]mm
Encadernação: Capa Mole
Sinopse: Cath ama os seus livros e a sua família. Haverá espaço para mais alguém?
Todo o mundo é fã dos livros de Simon Snow. Mas Cath vai mais longe: ser fã desses livros tornou-se a sua vida. Ela e a sua irmã gémea, Wren, refugiaram-se na obra de Simon Snow quando eram miúdas, e na verdade foi isso que as salvou da ruína emocional que foi a perda da mãe.
Ler. Reler. Interagir em fóruns, escrever ficção baseada na obra de Simon Snow, vestir-se como as personagens dos livros. Mas essas fantasias deixam de fazer sentido quando se cresce, e enquanto Wren facilmente abandona esse refúgio, Cath não consegue fazê-lo. Na verdade, nem quer.
Agora que vão para a universidade, Wren não quer ficar no mesmo quarto de Cath. E esta fica sozinha e fora da sua zona de conforto. Partilha o quarto com uma miúda arrogante; tem um professor que despreza os seus gostos; um colega atraente mas que apenas fala sobre a beleza das palavras... e, ainda por cima, Cath não consegue parar de se preocupar com o seu pai, tão querido, frágil e solitário.
A pergunta paira no ar: será que ela consegue triunfar sem que Wren lhe dê a mão? Estará preparada para viver a vida em seu nome? Escrever as suas próprias histórias? E se isso significar deixar Simon Snow para trás?
Opinião:
Quando iniciei esta leitura eu tinha quase a certeza que iria gostar, afinal de contas fala de uma rapariga que gosta de livros, escreve fanfics e acabou de entrar na faculdade, ou seja, exatamente a minha situação à quatro anos e tudo assuntos que me interessam, mas também sabia que poderia desiludir-me, afinal de contas o último livro da autora que eu li eu gostei, mas estava à espera de muito mais e para falar a verdade até estava com algum receio de pegar em Fangirl. Mas o que eu não sabia é que iria identificar-me tanto com as personagens ao ponto de ser assustador o quanto eu as compreendia e percebia as suas atitudes.
Fangirl conta-nos a história de Cath, uma fã da série de livros de Simon Snow (uma espécie de Harry Potter) que ocupa o seu tempo livre a escrever fanfics sobre a série. Cath é uma rapariga tímida e que apenas gosta de estar no "seu mundo", já a sua irmã gémea Wren, também é fã de Simon Snow e até houve uma época em que escrevia fanfics com a Cath, mas foram crescendo e enquanto a Wren começou a sair e a interessar-se por outros assuntos, como rapazes e saídas à noite, a Cath não, ela continuou no mundo de Simon Snow e de lá não quis sair. Mas agora vão para a faculdade e a Wren não quer ficar no mesmo quarto que a irmã, o que faz com que a Cath esteja num local novo, com pessoas novas, tudo o que ela não se sente confortável. Lá conhece a sua nova colega de quarto, Reagan, que fuma, sai todas as noites, mas também Levi, um rapaz que vai fazer com que ela pense que por vezes é bom sair da sua zona de conforto.
Eu adorei esta história, talvez o ponto principal seja a própria Cath, afinal de contas, à quatro anos atrás, eu era igual a ela, ou seja, tinha acabado de entrar na faculdade, ainda escrevia fanfics (óbvio que não era a mesma coisa, eu tinha menos de 10 leitores, enquanto a Cath tem milhares e milhares em diversos países, mas escrevia), era completamente viciada e louca por uma série de livros e basicamente vivia para aquilo, era bastante anti-social e preferia ficar fechada no meu quarto a falar com pessoas que não compreendiam os meus gostos. Por isso sim, eu compreendo perfeitamente a Cath, não digo que ela fazia bem, pois eu mudei e isso é bom, mas eu percebo o porquê de ela ser assim. Afinal foi a maneira de ela refugiar-se de tudo o que aconteceu no passado e conseguir ultrapassar isso, enquanto a Wren tenta esquecer isso saindo à noite e com rapazes, a Cath é escrevendo.
Já a Wren foi uma personagem que irritou-me imenso, afinal de contas sabia como a irmã é, ou seja mais sensível, e mesmo assim, quando chegam à faculdade, deixa-a de lado, não liga para ela e até parece que tem vergonha da própria irmã. Foi irritante, pois era óbvio que a Cath não estava bem, não conhecia ninguém e mesmo assim a própria irmã deixou-a sozinha. Ao longo do livro vamos percebendo que a Wren também não está bem e refugiou-se nas saídas e no álcool, mas juntas é que poderiam ultrapassar tudo e não ter uma vida louca que só a prejudicou e quando se apercebe disso quase que é tarde demais.
Agora, outra das personagens que eu mais gostei foi o Levi, ele é tão fofo e querido que era uma maravilha todas as partes em que ele aparecia. O Levi é um rapaz alegre que adora a vida e quando conhece a Cath vê algo mais do que a rapariga tímida que ela aparenta ser. Mas a Cath tem dificuldade em conhecer novas pessoas, quanto mais relacionar-se com rapazes, por isso o Levi tem dificuldades em chegar perto dela, mas pouco a pouco vai conseguir que ela abra-se para ele. Mas atenção, não digo que ele é perfeito, como qualquer rapaz ele faz asneiras, mas pouco a pouco vai conseguir com que a Cath saia da sua zona de conforto e acredite mais em si mesma.
Um dos grandes assuntos retratados neste livro é a família. A Cath e a Wren cresceram sem a mãe, ela deixou-as com o pai e decidiu ir embora sem dar explicação e durante anos nunca as contactou e por isso ambas tentaram refugiar noutras coisas. Já o pai o seu grande refúgio é o trabalho, mas nota-se que ele tem um problema mental e sem as filhas para o ajudar ele vai abaixo. Ao longo do livro vemos como a Cath e a Wren têm que ajudar o pai e tudo o que vai acontecer quando a mãe delas decide aparecer do nada. Não é fácil e todos estes problemas familiares só veio dar ao livro um ar mais real, afinal todos temos problemas e apenas aumentou ainda mais o meu fascínio por este livro.
Outro assunto que o livro retrata é a entrada na faculdade, sair de casa, ir para uma cidade diferente e principalmente conviver com pessoas desconhecidas. Mas outro lado é como um professor pode ajudar um aluno, sim até na faculdade existe professores que ajudam, não tanto quanto no livro, isso achei bastante irreal, mas a principal ideia é que os professores não precisam de ser nossos inimigos. Claro que existe sempre um ou outro que só apetece mandar com pedregulhos à cara, mas outros ajudam o máximo para conseguirmos ter boas notas. Outro aspeto também retratado na faculdade é os colegas, vão sempre existir aqueles colegas parvos que estão lá para nos "lixar", acontece isso à Cath e mesmo ele ter tido o final que mereceu, nem sempre isso acontece (sim é verdade e já me aconteceu) e em Fangirl temos esse lado bom e mau do que é a faculdade de um modo bastante real e simples que eu gostei imenso de ver mencionado.
Por fim, tenho que falar da fanfic que a Cath escreve. Antes de mais tenho que dizer que é basicamente Harry Potter com algumas mudanças, mas fora isso eu gostei de ler todos os excertos que temos ao longo do livro e também de alguns excertos que temos do livro da história "original", mas relativamente à história foi algo que sinceramente passou-me ao lado, eu lia os excertos e até posso dizer que gostei, mas foi algo que estar lá ou não para mim é igual. O que eu adorei é a ideia de ela escrever fanfics, pois eu à quatro anos também escrevia fanfics e sei o quanto é bom entrar num mundo que gostamos e manipulá-lo à nossa maneira, é sensacional e outro lado que eu compreendia a Cath é exactamente ela achar que preferia manipular um mundo já existente do que criar um dela. Ela tem uma cadeira na faculdade sobre escrita criativa e ela tem que criar um mundo, mas ela tem muita dificuldade em escrever algo assim e chega até mesmo a desistir, mas ela tem talento, ela escreve bem e só depois de ela confiar mais nela própria é que vai ver o quanto é capaz de inovar e criar. Este foi o último aspeto que mais gostei no livro, fala sobre o processo da escrita, como ser criativos e que podemos inovar a partir de algo bastante simples, o mais importante é acreditar e tentar.
Mas claro, o livro também tem alguns pontos que eu não gostei muito. O primeiro é o final (se é que se pode chamar de final), claro que é um livro da Rainbow Rowell e já deveria estar habituada aos "não finais" dela, mas é irritante pois o livro todo é excelente e maravilhoso e queria que tivesse um final também excelente e maravilhoso, mas não, até parece que a autora não sabe como terminar um livro e por isso deixa assim e pronto, é irritante pois um livro desta categoria merecia um final fabuloso. A segunda crítica negativa que tenho a fazer ao livro é o namoro entre a Cath e o Levi, pois parecia um namoro de crianças de 12 anos que andam de mãos dadas, namoravam à semanas e só se beijaram uma vez, óbvio que não era preciso mais, mas estava a ler e parecia um romance entre duas crianças de 12 anos e não entre uma rapariga de 18 e um rapaz de 21, achei fraco e pouco desenvolvido, precisava de um pouco mais.
Já a escrita da autora é maravilhosa, fora que não sabe escrever finais (ou não quer, não sei), a história do o inicio ao fim é maravilhosa e prendo o leitor da primeira à última frase, não senti nenhum momento monótono e há sempre algo interessante a descobrir nas páginas seguintes. Sem dúvida uma excelente leitura que recomendo vivamente, pois mesmo pelos dois pontos negativos que apontei, todo o livro é bastante bom e vale a pena ser lido e aproveitado.
Fangirl conta-nos a história de Cath, uma fã da série de livros de Simon Snow (uma espécie de Harry Potter) que ocupa o seu tempo livre a escrever fanfics sobre a série. Cath é uma rapariga tímida e que apenas gosta de estar no "seu mundo", já a sua irmã gémea Wren, também é fã de Simon Snow e até houve uma época em que escrevia fanfics com a Cath, mas foram crescendo e enquanto a Wren começou a sair e a interessar-se por outros assuntos, como rapazes e saídas à noite, a Cath não, ela continuou no mundo de Simon Snow e de lá não quis sair. Mas agora vão para a faculdade e a Wren não quer ficar no mesmo quarto que a irmã, o que faz com que a Cath esteja num local novo, com pessoas novas, tudo o que ela não se sente confortável. Lá conhece a sua nova colega de quarto, Reagan, que fuma, sai todas as noites, mas também Levi, um rapaz que vai fazer com que ela pense que por vezes é bom sair da sua zona de conforto.
Eu adorei esta história, talvez o ponto principal seja a própria Cath, afinal de contas, à quatro anos atrás, eu era igual a ela, ou seja, tinha acabado de entrar na faculdade, ainda escrevia fanfics (óbvio que não era a mesma coisa, eu tinha menos de 10 leitores, enquanto a Cath tem milhares e milhares em diversos países, mas escrevia), era completamente viciada e louca por uma série de livros e basicamente vivia para aquilo, era bastante anti-social e preferia ficar fechada no meu quarto a falar com pessoas que não compreendiam os meus gostos. Por isso sim, eu compreendo perfeitamente a Cath, não digo que ela fazia bem, pois eu mudei e isso é bom, mas eu percebo o porquê de ela ser assim. Afinal foi a maneira de ela refugiar-se de tudo o que aconteceu no passado e conseguir ultrapassar isso, enquanto a Wren tenta esquecer isso saindo à noite e com rapazes, a Cath é escrevendo.
Já a Wren foi uma personagem que irritou-me imenso, afinal de contas sabia como a irmã é, ou seja mais sensível, e mesmo assim, quando chegam à faculdade, deixa-a de lado, não liga para ela e até parece que tem vergonha da própria irmã. Foi irritante, pois era óbvio que a Cath não estava bem, não conhecia ninguém e mesmo assim a própria irmã deixou-a sozinha. Ao longo do livro vamos percebendo que a Wren também não está bem e refugiou-se nas saídas e no álcool, mas juntas é que poderiam ultrapassar tudo e não ter uma vida louca que só a prejudicou e quando se apercebe disso quase que é tarde demais.
Agora, outra das personagens que eu mais gostei foi o Levi, ele é tão fofo e querido que era uma maravilha todas as partes em que ele aparecia. O Levi é um rapaz alegre que adora a vida e quando conhece a Cath vê algo mais do que a rapariga tímida que ela aparenta ser. Mas a Cath tem dificuldade em conhecer novas pessoas, quanto mais relacionar-se com rapazes, por isso o Levi tem dificuldades em chegar perto dela, mas pouco a pouco vai conseguir que ela abra-se para ele. Mas atenção, não digo que ele é perfeito, como qualquer rapaz ele faz asneiras, mas pouco a pouco vai conseguir com que a Cath saia da sua zona de conforto e acredite mais em si mesma.
Um dos grandes assuntos retratados neste livro é a família. A Cath e a Wren cresceram sem a mãe, ela deixou-as com o pai e decidiu ir embora sem dar explicação e durante anos nunca as contactou e por isso ambas tentaram refugiar noutras coisas. Já o pai o seu grande refúgio é o trabalho, mas nota-se que ele tem um problema mental e sem as filhas para o ajudar ele vai abaixo. Ao longo do livro vemos como a Cath e a Wren têm que ajudar o pai e tudo o que vai acontecer quando a mãe delas decide aparecer do nada. Não é fácil e todos estes problemas familiares só veio dar ao livro um ar mais real, afinal todos temos problemas e apenas aumentou ainda mais o meu fascínio por este livro.
Outro assunto que o livro retrata é a entrada na faculdade, sair de casa, ir para uma cidade diferente e principalmente conviver com pessoas desconhecidas. Mas outro lado é como um professor pode ajudar um aluno, sim até na faculdade existe professores que ajudam, não tanto quanto no livro, isso achei bastante irreal, mas a principal ideia é que os professores não precisam de ser nossos inimigos. Claro que existe sempre um ou outro que só apetece mandar com pedregulhos à cara, mas outros ajudam o máximo para conseguirmos ter boas notas. Outro aspeto também retratado na faculdade é os colegas, vão sempre existir aqueles colegas parvos que estão lá para nos "lixar", acontece isso à Cath e mesmo ele ter tido o final que mereceu, nem sempre isso acontece (sim é verdade e já me aconteceu) e em Fangirl temos esse lado bom e mau do que é a faculdade de um modo bastante real e simples que eu gostei imenso de ver mencionado.
Por fim, tenho que falar da fanfic que a Cath escreve. Antes de mais tenho que dizer que é basicamente Harry Potter com algumas mudanças, mas fora isso eu gostei de ler todos os excertos que temos ao longo do livro e também de alguns excertos que temos do livro da história "original", mas relativamente à história foi algo que sinceramente passou-me ao lado, eu lia os excertos e até posso dizer que gostei, mas foi algo que estar lá ou não para mim é igual. O que eu adorei é a ideia de ela escrever fanfics, pois eu à quatro anos também escrevia fanfics e sei o quanto é bom entrar num mundo que gostamos e manipulá-lo à nossa maneira, é sensacional e outro lado que eu compreendia a Cath é exactamente ela achar que preferia manipular um mundo já existente do que criar um dela. Ela tem uma cadeira na faculdade sobre escrita criativa e ela tem que criar um mundo, mas ela tem muita dificuldade em escrever algo assim e chega até mesmo a desistir, mas ela tem talento, ela escreve bem e só depois de ela confiar mais nela própria é que vai ver o quanto é capaz de inovar e criar. Este foi o último aspeto que mais gostei no livro, fala sobre o processo da escrita, como ser criativos e que podemos inovar a partir de algo bastante simples, o mais importante é acreditar e tentar.
Mas claro, o livro também tem alguns pontos que eu não gostei muito. O primeiro é o final (se é que se pode chamar de final), claro que é um livro da Rainbow Rowell e já deveria estar habituada aos "não finais" dela, mas é irritante pois o livro todo é excelente e maravilhoso e queria que tivesse um final também excelente e maravilhoso, mas não, até parece que a autora não sabe como terminar um livro e por isso deixa assim e pronto, é irritante pois um livro desta categoria merecia um final fabuloso. A segunda crítica negativa que tenho a fazer ao livro é o namoro entre a Cath e o Levi, pois parecia um namoro de crianças de 12 anos que andam de mãos dadas, namoravam à semanas e só se beijaram uma vez, óbvio que não era preciso mais, mas estava a ler e parecia um romance entre duas crianças de 12 anos e não entre uma rapariga de 18 e um rapaz de 21, achei fraco e pouco desenvolvido, precisava de um pouco mais.
Já a escrita da autora é maravilhosa, fora que não sabe escrever finais (ou não quer, não sei), a história do o inicio ao fim é maravilhosa e prendo o leitor da primeira à última frase, não senti nenhum momento monótono e há sempre algo interessante a descobrir nas páginas seguintes. Sem dúvida uma excelente leitura que recomendo vivamente, pois mesmo pelos dois pontos negativos que apontei, todo o livro é bastante bom e vale a pena ser lido e aproveitado.
Classificação: 4 estrelas no goodreads
Leitura com o apoio:
Está na minha lista xD
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